2009-03-10 13:10:02

Sofrimento e destruição para o território e o povo do Tibete":é a acusação do Dalai Lama. A China rejeita as criticas


(10/3/2009) O Dalai Lama acusou  China de ter morto "centenas de milhares de tibetanos" desde a invasão do Tibete no início dos anos 1950 e de ter feito deste país "um inferno sobre Terra". Palavras duras de um homem de Paz, no dia em que se assinalam 50 anos do levantamento contra Pequim.
"Estes últimos 50 anos foram de sofrimento e de destruição para o território e o povo do Tibete", disse o chefe espiritual do budismo tibetano, num discurso desde o exílio em Dharamsala, no norte da Índia, por ocasião do 50º aniversário do levantamento falhado contra Pequim em Março de 1959.
O governo chinês rejeitou as críticas do Dalai Lama acerca da situação no Tibete e reafirmou que os problemas registados naquele território constituem "um problema interno da China".
"A China opõe-se a qualquer pessoa ou país que use o Tibete como pretexto para interferir nos seus assuntos internos", salientou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu..
Em 2008, a efeméride ficou marcada por violentos tumultos em Lhasa, a capital do Tibete, e colocou o território no primeiro plano da agenda mediática internacional.
Segundo a China, os tumultos de 14 de Março de 2008 causaram 18 mortos.
O governo tibetano no exílio diz que mais de 200 pessoas morreram durante a repressão desencadeada a seguir pelas autoridades chinesas.
Situado na cordilheira dos Himalaias, o "Teto do Mundo", o Tibete é um território cerca de 13 vezes maior que Portugal e menos de três milhões de habitantes.
Trata-se de uma Região Autónoma (como o Xinjiang ou Ningxia, ambas de maioria muçulmana), mas há comunidades tibetanas noutras províncias do país, nomeadamente Qinghai (onde nasceu o Dalai Lama), Gansu, Sichuan e Yunnan.








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