PAPA IRÁ À TERRA SANTA "PARA PEDIR PAZ AO ORIENTE MÉDIO E A TODA A HUMANIDADE"
Cidade do Vaticano, 08 mar (RV) - Depois do anúncio, no Angelus deste domingo,
feito pelo Santo Padre de que visitará a Terra Santa, a Sala de Imprensa da Santa
Sé emitiu um comunicado comentando a viagem.
Segundo a Sala de Imprensa, Bento
XVI acolhe o convite do rei da Jordânia, do presidente de Israel, do presidente da
Autoridade Nacional Palestina e da Assembléia dos Ordinários católicos. De 8 a 15
de maio, o papa visitará as seguintes cidades: Amã, Jerusalém, Belém e Nazaré.
No
Angelus, o pontífice afirma que irá à Terra Santa "para pedir ao Senhor, visitando
os locais santificados pela sua passagem terrena, o precioso dom da unidade e da paz
para o Oriente Médio e para toda a humanidade".
Bento XVI é o terceiro pontífice
a visitar a Terra Santa, depois de Paulo VI, em 1964, e João Paulo II, em 2000.
Durante
sua peregrinação, Paulo VI disse: "Quisemos que a nossa viagem à Palestina assumisse
o significado de um encontro especial, fervoroso, ardente com Cristo (...). Na sua
vontade, livremente aceita, se encontra a paz do mundo. Isso invocamos, prostrados
sobre a pedra do Sepulcro, sobre o Calvário e no Getsemani, no Cenáculo e em Nazaré.
E na Gruta da Natividade em Belém pedimos por todos os homens de boa vontade o dom
da paz, verdadeira e duradoura".
A viagem de Paulo VI foi marcada ainda pelo
"abraço da paz" entre o pontífice e o patriarca ecumênico de Constantinopla, Athenagoras,
que cancelou séculos de incomunicabilidade, de contrastes e de recíprocas excomunhões.
Já
em 2000, João Paulo II realizou uma visita aos "locais da Salvação", no início do
Grande Jubileu: "A lembrança de Jerusalém é indelével na minha alma. Grande é o mistério
desta cidade, cuja plenitude do tempo se fez, por assim dizer, 'plenitude do espaço'.
(...) No Calvário, a Encarnação se manifestou como Redenção, segundo o eterno desígnio
de Deus".
Uma das etapas que mais marcaram sua peregrinação foi a visita ao
Muro das Lamentações. Era o dia 26 de março, último dia da viagem, e o papa se despedia
da sua "viagem da esperança" com essa oração:
"Deus dos nossos pais, Vós
escolhestes Abraão e a sua descendência para levarem o vosso Nome aos gentios: sentimo-nos
profundamente consternados pelo comportamento de quantos, no decurso da história,
fizeram sofrer estes vossos filhos e, pedindo-Vos perdão, queremos empenhar-nos numa
fraternidade autêntica com o povo da aliança. Amén." (BF)