"CIVILTÀ CATTOLICA": ITÁLIA CRESCE GRAÇAS AOS ESTRANGEIROS

Roma, 28 fev (RV) - O último número do quinzenal jesuíta 'Civiltà Cattolica' traz um editorial de seu diretor, Padre Giampaolo Salvini, sobre a imigração. “Antes de tudo, - escreve – a imigração deve ser vista como um fator que atenua o progressivo envelhecimento da população, seja porque em geral, os imigrantes são mais jovens, como porque são mais férteis do que os italianos”.

Esta tendência demográfica ficou comprovada no relatório apresentado pelo Instituto Italiano de Estatística, segundo o qual, os italianos são hoje mais que 60 milhões graças justamente à presença de estrangeiros, que somam mais de 4 milhões. Os naturais da Itália têm em média 43,1 anos; os estrangeiros, 31,2.

Entretanto, o número de estrangeiros não é suficiente para compensar o declínio da cota da população economicamente ativa. Para estabilizar a relação entre a população com mais de 65 anos e a de idade entre 14 e 64, seria necessária a estabilização no país de mais de um milhão de pessoas de fora por ano.

A comunidade estrangeira mais numerosa, ainda segundo o Istat, é a romena, (772 mil), seguida pela albanesa (438 mil) e os marroquinos (401 mil). A Itália, que nos últimos anos se tornou um Estado de destino da migração, registra uma presença de estrangeiros menor do que os outros países europeus: de acordo com dados do Instituto europeu Eurostat, em 2005, a cota de residentes com mais de 16 anos nascidos fora do país era de 14% na Alemanha, 12% na França, 11% no Reino Unido. Na Itália, o dado não supera os 6%.
(CM)