(28/2/2009) “Anunciar o Evangelho, como constatamos na acção missionária do Apóstolo
Paulo, não consiste na fria transmissão de uma doutrina, mas fundamentalmente em testemunhar
a própria experiência de encontro com uma pessoa, com Jesus mesmo, o qual constitui
a única realidade que tem força para abrir o coração dos homens em contacto com a
verdade”. É por isso que “somente unidos a Cristo, somente com Cristo, a América vive
a missão!”. É o que se lê na tradicional mensagem anual da Comissão Pontifícia
para a América Latina (CAL) que o seu presidente, o Cardeal Giovanni Battista Re,
prefeito da Congregação para os Bispos e o seu vice-presidente, D. José Octavio Ruiz
Arenas, enviaram a todas as dioceses da Espanha por ocasião do Dia de Solidariedade
Missionária para com a Igreja hispano-americana que se celebra neste domingo, 1 de
Março. O tema do Dia, «América com Cristo, vive a missão». “Diante da crise de
fé que se vive hoje na América Latina – prossegue a mensagem – urge fazer conhecer
Cristo e anunciar a sua Palavra com ardor aos homens e às mulheres do Continente;
para fazer isso devemos basear o nosso compromisso missionário e toda a nossa vida
na rocha da Palavra de Deus”. Por isso, se recorda também como a celebração do Dia
convide a dirigir o olhar à realidade da América Latina, uma realidade complexa submetida
a rápidas mudanças em diversos âmbitos da vida política, económica, social e religiosa
com repercussões não sempre positivas sobre a vida das pessoas. Diante da crise
da fé religiosa e da tarefa urgente de evangelização, recordada recentemente pelo
Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus e pela Conferência de Aparecida, a Mensagem
exorta a deixar-se inspirar pelo Apóstolo Paulo, o qual, para enfrentar os desafios
de um ambiente hostil ao anúncio do Evangelho, encontrou forças em Cristo, no Deus
feito homem que veio encontrar cada criatura de modo pessoal. Por isso a América
Latina deve “recuperar e reafirmar os valores cristãos que estão na raiz da sua cultura
e das suas tradições”. É urgente e necessário “fazer chegar a luz do Evangelho à vida
pública, cultural, económica e política”.