2009-02-23 10:04:50

"Em favor do verdadeiro casamento": Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa. Clara oposição a qualquer lei que equipare ao casamento as uniões homossexuais


O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) reafirmou sexta-feira passada a sua oposição a qualquer lei que “equipare as uniões homossexuais ao casamento das famílias constituídas na base do amor entre um homem e uma mulher”. Numa Nota Pastoral intitulada “Em favor do verdadeiro casamento”, a CEP volta a apresentar as posições fundamentais manifestadas após a última reunião do Conselho Permanente, em Fátima, e lamenta o que considera ser uma “tentativa de desestruturar a sociedade portuguesa”.

O documento rejeita que “a união entre pessoas do mesmo sexo possa ser equiparada à família estavelmente constituída através do casamento entre um homem e uma mulher". O mesmo é afirmado em relação "a uma lei que permita a adopção de crianças por homossexuais”. “Tal constituiria uma alteração grave das bases antropológicas da família e com ela de toda a sociedade, colocando em causa o seu equilíbrio”, afirmam os Bispos.

A CEP afirma a dimensão central da “complementaridade dos sexos” e assegura que os diversos “modelos alternativos” de casamento e família “constituiria fonte de perturbação para adolescentes e jovens”. “A família, fundada no casamento entre um homem e uma mulher, tem o direito a ver reconhecida a sua identidade única, inconfundível e incomparável, sem misturas nem confusões com outras formas de convivência”, pode ler-se.

A Nota reafirma que estas posições são aceites pelas diferentes culturas e civilizações, pela revelação judaico-cristã “e assim o reconhece implicitamente a nossa Constituição da República e explicitamente o Código Civil Português”.

Para a CEP, a homossexualidade denota “a existência de problemas de identidade pessoal”. Recorda, contudo, que “a Igreja rejeita todas as formas de discriminação ou marginalização das pessoas homossexuais e dispõe-se a acolhê-las fraternalmente e a ajudá-las a superar as dificuldades que, em não poucos casos, acarretam grande sofrimento”.
“Contudo, fiel à razão, à palavra de Deus e aos ensinamentos recebidos, a Igreja não pode deixar de considerar que a sexualidade humana vivida no casamento só encontra a sua verdade e plenitude na união amorosa de um homem e de uma mulher”, acrescenta a Nota.

Em conclusão, os Bispos defendem “a necessidade de iniciativas que ajudem as famílias estavelmente constituídas a superar os problemas económicos que muitas atravessam, que as valorizem como lugar primordial de educação dos filhos e que favoreçam a sua importância na vida social”.








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