ARCEBISPO DE BADGÁ DENUNCIA PRESENÇA DE SEITAS FUNDAMENTALISTAS DOS EUA
Roma, 23 fev (RV) - A comunidade de Santo Egídio organizou hoje, em Roma, um
Congresso sobre "O valor das Igrejas no Oriente Médio".
Autoridades religiosas,
políticas e jornalistas cristãos e muçulmanos debateram sobre a riqueza espiritual
do cristianismo e do islamismo. Um dos participantes, foi o arcebispo de Bagdá dos
Latinos, Dom Jean Benjamin Sleiman.
Em sua intervenção, Dom Sleiman denunciou
a presença de seitas religiosas provenientes dos Estados, criticando o "fundamentalismo
protestante e proselitístico".
"Nós criticamos os fundamentalistas islâmicos,
que confundem Deus e suas atividades políticas, e nos encontramos diante de um cristianismo
que instrumentaliza Deus. A evangelização respeita a cultura, as Igrejas já presentes,
que têm o mérito de existirem ainda. Não se pode chegar e acabar com tudo" – afirmou
o arcebispo.
Para Dom Sleiman, as seitas norte-americanas têm intenções políticas
muito evidentes, pois se aproveitam de uma situação de fraqueza, na qual, depois da
queda do regime e a descoberta de uma liberdade à qual ninguém estava acostumado,
"teve início um caos terrível".
Quanto às futuras ações do presidente Barack
Obama no Iraque, o arcebispo destacou que é preciso esperar para saber o que Obama
fará, pois agora está muito ocupado com a crise financeira. "Mas a divisão existe
e o mal já foi feito" – concluiu. (BF)