NO SERVIÇO SE REALIZA A VERDADEIRA LIBERDADE: A VISITA DO PAPA AO SEMINÁRIO ROMANO
MAIOR
Cidade do Vaticano, 21 fev (RV) - O Santo Padre visitou, ontem à noite, o Seminário
Romano Maior, por ocasião da festa de Nossa Senhora da Confiança, padroeira do instituto.
O papa foi acolhido pelo seu vigário para a Diocese de Roma, Dom Agostino Vallini,
e pelo reitor do colégio, Mons. Giovanni Tani.
Na capela do Seminário, após
uma saudação do reitor, o Santo Padre fez uma densa reflexão espontânea, expressando
sua alegria de poder estar, mais uma vez, com os futuros sacerdotes da sua diocese.
A
seguir, o pontífice, citando a Carta de São Paulo aos Gálatas, recordou que “todos
nós somos chamados à liberdade”. Nesta carta “de ouro” se inspiraram monges, a hierarquia,
o magistério, o iluminismo, o marxismo e até o próprio Lutero.
Então o papa
se perguntou: o que é liberdade? Como podemos ser livres? E respondeu: certamente,
liberdade não é libertinagem. A liberdade que vai contra a verdade não é liberdade.
Depois,
retomando as palavras do Apóstolo, o papa disse que “fazem aceno às polêmicas que
nascem onde a fé degenera em intelectualismo e a humildade é substituída pela arrogância
em querer ser melhores que os outros:
“Vemos que, hoje, muitas coisas são
semelhantes. Ao invés de inserir-nos na comunhão com Cristo, no Corpo de Cristo que
é a Igreja, queremos ser superiores aos outros e, com arrogância intelectual, queremos
demonstrar ser maiores que os outros. Assim, nascem as polêmicas destrutivas, caricaturas
de uma Igreja que deveria ser uma só alma, um só coração.”
É então fundamental
– concluiu o papa – extrair ensinamentos dos escritos paulinos:
"Segundo
essa advertência paulina, devemos também fazer um exame de consciência: não querer
ser superior aos outros, mas sermos humildes em Cristo, identificar-nos na humildade
de Maria, obedientes à fé. Justamente assim se abre realmente o grande espaço da verdade
e da liberdade no amor."
Peçamos ao Senhor – concluiu Bento XVI – para
que nos ajude a sermos cada vez mais inseridos na comunhão com a sua vontade e, assim,
encontrar a liberdade, o amor e a alegria. (MT-RL)