2009-02-20 15:13:55

Desenraizar a pobreza e a fome no mundo não é utopia mas uma obrigação da comunidade internacional: Bento XVI aos governadores do IFAD


“Demasiadas vezes, nas nações desenvolvidas, se nega aos trabalhadores agrícolas a oportunidade de darem o seu contributo pessoal ao bem de todos, quando o seu trabalho é descaradamente explorado, e a produção é desviada para mercados distantes, com pouco ou nenhum resultado benéfico para a própria comunidade local”: fez notar Bento XVI, no discurso pronunciado nesta sexta-feira, acolhendo o Conselho dos Governadores do “Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola”, criado há 30 anos.
O Papa sublinhou a “crucial importância” da actividade deste Fundo Internacional, “especialmente nos dias de hoje, tendo em conta os efeitos nocivos que a instabilidade corrente dos preços dos produtos agrícolas tem para a segurança alimentar”.
“Impõem-se portanto novas estratégias, com amplidão de vistas, lutando contra a pobreza rural e a promoção do desenvolvimento rural… A Santa Sé partilha plenamente o vosso empenho para vencer a pobreza e a fomr, e para ir em ajuda das populações mais pobres do mundo”.
“Desde os seus inícios (observou o Papa), o Fundo Internacional desenvolveu uma exemplar forma de cooperação e co-responsabilidade entre as nações com diferentes níveis de desenvolvimento. Quando os países ricos e as nações desenvolvidas convergem em tomar decisões conjuntas e em determinar critérios específicos para a contribuição orçamental de cada país para este Fundo, pode-se realmente dizer que os vários Estados membros caminham juntos como iguais, exprimindo a sua solidariedade uns com os outros e partilham o seu empenho comum para erradicar a pobreza e a fome”.
“Num mundo crescentemente interdependente, são essenciais os processos para chegar a decisões conjuntas deste tipo, para que os negócios internacionais possam ter lugar com equidade e uma visão previdente”.
O Papa congratulou-se também com “o ênfase que o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola coloca na promoção de oportunidades de emprego dentro das comunidades rurais, em vista a torná-las capazes, a longo prazo, de se tornarem independentes da ajuda externa. A assistência dada aos produtores locais serve para consolidar a economia, contribuindo a difundir o desenvolvimento das nações em questão”.
É neste âmbito que se insere o “crédito rural” - destinado a “assistir os proprietários e os trabalhadores rurais sem terra pessoal” – podendo contribuir para incrementar a economia e assegurar a todos uma maior segurança alimentar – observou ainda o Papa.








All the contents on this site are copyrighted ©.