CRISTÃOS DO IRAQUE SÃO TEMA DE ENCONTRO DO CONSELHO MUNDIAL DAS IGREJAS
Fatka, 18 fev (RV) – “A importância dos cristãos na reconstrução de um país
martirizado como o Iraque”: sobre esse tema, refletiram no último dia 11 os participantes
do encontro promovido pelo Conselho Mundial das Igrejas. O evento realizou-se em Fatka,
no Líbano, e contou com a presença do arcebispo caldeu de Kirkuk, Dom Louis Sako,
e do arcebispo latino de Bagdá, Dom Jean Sleiman, junto com uma dezena de expoentes
da Igreja armênia e sírio-católica local.
Durante os trabalhos, informa uma
nota, “os representantes das Igrejas no Iraque reafirmaram o seu compromisso em trabalhar
juntos com todos os cidadãos iraquianos em prol da reconciliação e a da restauração
da paz no país”. No centro da discussão, em particular, a questão da segurança e das
migrações forçadas.
“A solução atual para situação – afirma a nota – não consiste
em privar o Iraque de seus recursos humanos”, pois “os cristãos iraquianos são filhos
autênticos daquela terra, pertencem ao Iraque desde o nascimento da nação e como parte
essencial da sociedade iraquiana, eles têm o direito de viver livremente no país,
compartilhando os direitos e os deveres com os demais cidadãos”.
Nasce então
o apelo, lançado a todos os habitantes do país do Golfo que professam a religião cristã,
a fim de que “permaneçam na sua pátria e participem ativamente na sua reconstrução
e no seu desenvolvimento”. De fato, os cristãos têm um papel essencial “na construção
das instituições sociais e educativas que contribuem à reconciliação nacional e à
construção da paz e da estabilidade”.
O encontro promovido pelo Conselho Mundial
das Igrejas exortou as Igrejas iraquianas a “não encorajar a emigração”, mas sim “focalizar
os esforços na reconstrução da segurança e da estabilidade para todos os iraquianos”,
a fim de tornar os cidadãos “capazes de trabalhar juntos, curando as feridas e construindo
um futuro melhor”.
Enfim, os participantes do encontro reafirmaram a importância
do diálogo entre cristãos e muçulmanos, comprometendo-se em constituir “um fórum ecumênico”
que permita a todos os líderes das Igrejas iraquianas seguirem uma linha comum, em
relação às autoridades religiosas e políticas locais. (SP)