Cidade do Vaticano, 17 fev (RV) – No próximo sábado, Bento XVI vai presidir,
na Sala Clementina, ao Consistório Ordinário Público para a Canonização de dez bem-aventurados.
Entre
os novos santos, o Papa vai elevar à glória dos altares José Damião de Veuster, mais
conhecido como “Padre Damião”, que, por 12 anos, foi apóstolo dos leprosos na Ilha
de Molokai, no arquipélago do Havaí.
Em 1967, cerca de 30 mil leprosos pediram
a Paulo VI para beatificar seu anjo “Padre Damião” acometido pelo mesmo mal, mas,
sobretudo, um cristão capaz de um imenso sacrifício entre seus doentes, excluídos
pela sociedade. Hoje, Bento XVI o propõe como santo, para a imitação dos cristãos.
José
Damião de Veuster nasceu em Flandres, Bélgica, em 3 de janeiro de 1840. Ao entrar
para a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, em 1864 sulcou os mares,
em 138 dias de navegação, até chegar a Honolulu, no Havaí, sua nova terra de missão.
Em
1873, seu bispo foi à busca de padres voluntários para trabalharem na Ilha de Molokai,
onde o governo confinava os doentes de hanseníase. Entre os quatro padres voluntários,
Padre Damião foi o primeiro a chegar à Ilha, de onde jamais regressou, porque o governo
temia seu contágio. Por isso, o proibiu de deixar a Ilha, onde os doentes morriam
de modo impressionante.
Em sua árdua e arriscada missão, Padre Damião cuidava
das almas, lavava as chagas, distribuia remédios, encorajava os doentes a não perderem
o senso da dignidade humana.
Em 1885, Padre Damião descobriu ter sido contagiado
pelo mal do tempo. Faleceu no dia 15 de abril de 1889. Mil doentes de lepra o enterraram
aos pés de uma árvore. Em 1936 seu corpo foi transladado para Louvain, na Bélgica.
(MT)