Kinshasa, 14 fev (RV) – Em breve a República Democrática do Congo terá um embaixador
junto à Santa Sé: foi o que declarou o ministro do Exterior congolês, Alexis Thambwe
Mwamba, que na última quarta-feira encontrou-se com o Comitê Permanente da Conferência
Episcopal reunido em assembléia desde o dia 9 de fevereiro em Kinshasa.
A
informação foi publicada no site da Conferência Episcopal do Congo que refere sobre
dois colóquios do organismo composto por 11 presidente de comissões episcopais e por
6 arcebispos presidentes das assembléias episcopais provinciais com o representante
do governo.
O ministro agradeceu e encorajou os bispos a prosseguirem nos seus
esforços para ajudar o país. Mwamba, de fato, fez referência aos encontros que uma
delegação da Conferência Episcopal manteve, no último mês de dezembro, na América
e Europa para fazer conhecer às Igrejas e às diplomacias a realidade que está vivendo
a República Democrática do Congo por causa da guerra, provocada pela vontade de divisão
do país com a intenção de explorar ilegalmente os recursos naturais.
O ministro
ilustrou aos bispos os aspectos diplomáticos do atual estado de guerra no leste do
país e na província de Nord-Kivu, onde uma coalizão de forças armadas da República
Democrática do Congo e de Ruanda está bloqueando os rebeldes ruandeses das Forças
Democráticas de Libertação de Ruanda. Mwamba falou ainda sobre os acordos assinados
entre a República Democrática do Congo e Ruanda para pôr fim às ameaças dos rebeldes
ruandeses e do movimento rebelde congolês do Congresso Nacional para a Defesa do Povo
(CNDP), cujo líder, Laurent Nkunda, detido em Ruanda, será em breve extraditado para
a República Democrática do Congo. O ministro explicou por fim aos bispos que as operações
militares em Kivu terminarão no fim do mes e que os planos foram estudados com uma
adequada análise dos riscos. (SP)