2009-02-14 18:31:53

BENTO XVI: "NA IGREJA NÃO HÁ LUGAR PARA DIVISÕES ÉTNICAS"


Cidade do Vaticano, 14 fev (RV) - "Na Igreja não há lugar para qualquer tipo de divisão" em razão da etnia. Foi o que destacou Bento XVI dirigindo-se neste sábado aos bispos nigerianos, na conclusão de sua visita "ad limina Apostolorum".

Bento XVI congratulou-se com o crescimento que a Igreja vem registrando na Nigéria, não só com o incremento de fiéis, mas também no número de vocações sacerdotais e religiosas. Esta expansão, disse o papa, requer especial cuidado na planificação pastoral e na preparação de pessoas que possam assegurar o necessário aprofundamento da fé dos fiéis.

Recordando que "a celebração da liturgia é manancial privilegiado de renovação da vida cristã", Bento XVI encorajou os esforços feitos pelos bispos nigerianos para que se mantenha um correto equilíbrio entre momentos de contemplação e gestos de participação e alegria no Senhor. Para tal, advertiu, há que cuidar da formação litúrgica dos padres, de modo a evitar "excessos despropositados".

A parte central do discurso de Bento XVI ao episcopado da Nigéria foi reservada ao "desafio do conflito étnico onipresente, até mesmo no interior da Igreja".

"Na Igreja não há lugar para qualquer espécie de divisão. Os catecúmenos e os neófitos têm que ser ensinados a aceitar esta verdade quando se empenham com Cristo para viverem o amor cristão. Todos os fiéis, especialmente os seminaristas e padres, devem crescer em maturidade e generosidade, permitindo que a mensagem do Evangelho purifique e supere qualquer eventual estreiteza de perspectivas locais" – afirmou.

O papa falou ainda do diálogo interreligioso, especialmente com o Islã, encorajando os bispos a forjarem, com paciência e perseverança, sólidas relações de respeito, amizade e cooperação prática com pessoas de outras religiões. É assim que "a Igreja se torna num claro sinal e instrumento de comunhão com Deus e de unidade de toda a raça humana" – garantiu Bento XVI.

Sobre a situação política do país, os bispos da Nigéria foram estimulados a prosseguirem sua "luta contra a corrupção e outras práticas iníquas, assim como também contra todas as causas e formas de discriminação e criminalidade". (BF)







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