Anapu, 13 fev (RV) – Ontem, a Igreja do Brasil recordou os quatro anos da morte
da missionária norte-americana, Irmã Dorothy Stang. Em memória da missionária, um
Comitê formado por integrantes da CNBB, Pastorais Sociais e outras entidades, organizou
uma série de atividades.
Em Anapu, uma missa presidida na igreja matriz de
Santa Luzia, pelo Bispo da prelazia de Xingu (PA), Dom Erwin Krautler, reuniu milhares
de pessoas. Na parte da tarde, uma multidão acompanhou, no Clube Planeta Tropical,
a exibição de um documentário sobre a religiosa. No final do dia, amigos e apoiadores
das lutas de Irmã Dorothy fizeram visitas ao túmulo da religiosa. Em Belém (PA),
também no final da tarde, o Arcebispo de Belém e Vice-Presidente do Regional Norte
2 da CNBB (Pará e Amapá), Dom Orani João Tempesta, presidiu uma celebração eucarística.
A missa se realizou na paróquia Santa Maria Goretti, onde se situa a casa da Congregação
Notre Dame de Namur, da qual Irmã Dorothy Stang fazia parte.
De acordo a Irmã
Margarida Pantoja, uma das coordenadoras do Comitê Dorothy Em Defesa Da Vida, recordar
a missionária norte-americana é fazer viva a presença da paixão da religiosa pelo
povo oprimido e sem voz. A Irmã salienta que Dorothy representou o ideal de inúmeras
pessoas que ainda lutam por dias de paz e melhores condições de vida na região amazônica:
Irmã Dorothy
Stang, foi assassinada na cidade de Anapu no dia 12 de fevereiro de 2005. O município
está localizado no sudoeste do Pará. A religiosa atuava defendendo os direitos dos
trabalhadores rurais e projetos de desenvolvimento sustentável na região. Era considerada
a defensora da floresta amazônica e da cidadania dos povos ribeirinhos. Tinha 73 anos
e morava no Brasil há 30. Ela trabalhava com a Pastoral da Terra (CPT) e liderava
o Programa de Desenvolvimento Sustentável em uma área autorizada pelo Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária. (TA)