2009-02-10 15:22:55

Ganância na origem da crise: Cáritas pede combate às falências oportunistas


(10/2/2009) A Cáritas Portuguesa denuncia a ganância e o egoísmo que conduziram à actual crise financeira. O comunicado final da reunião do Conselho permanente deste serviço da Igreja Católica, indica que “a cartilha de valores que só se satisfaz na busca da riqueza, na aquisição de bens supérfluos, na vida superficial, sem valores espirituais nem solidariedade”, está na origem deste situação que a Caritas denunciou em Maio de 2008, quando “a situação de crise se anunciava com gravidade”.
A Cáritas manifesta a sua preocupação a partir de situações que conhece “baseadas na informação recebida de instâncias internacionais credíveis e do conhecimento adquirido no terreno, paróquia a paróquia, diocese a diocese”.
Famílias atingidas pelo desemprego, pelos salários em atraso, pelo aumento do custo de vida, a falência da classe média que contribuiu para o recrudescimento da designada «pobreza envergonhada» são situações apontadas pela Caritas que indica ser dever do poder público criar “condições efectivas e atempadas conducentes à revitalização da economia”.
O comunicado indica ser de “elementar justiça”, apoiar todos os que “perderam o emprego ou por endividamento excessivo vivem no desespero”, pois “muitos deles e delas vítimas de uma cultura consumista desregulada”.
A Comissão Permanente da Cáritas Portuguesa pede à classe política que crie condições para o reforço dos meios dissuasores de falências oportunistas e fraudulentas. Este serviço pede “empenho na criação e manutenção de emprego” e frisa a importância de apoiar quem possa criar próprio posto de trabalho.
A Cáritas frisa que continuará presente, em cada diocese, em cada paróquia, “junto de todos os homens e mulheres de boa vontade, para ajudar todos os que estão verdadeiramente empenhados em construir uma sociedade mais humana e mais justa”.








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