Roma, 04 fev (RV) - As urgências pastorais das Igrejas na Índia e Ucrânia e
as necessidades dos fiéis cristãos no Iraque: esses temas foram aprofundados na Assembléia
da Roaco, a Reunião das Obras de ajuda às Igrejas Orientais. Foi o Prefeito da Congregação
para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, quem presidiu o encontro de dois
dias, durante o qual se centralizou a atenção sobre o que fazer e como fazer para
ajudar as comunidades eclesiais da Índia e da Ucrânia, à luz das mudanças que se verificaram
nestes dois países e que o purpurado teve a oportunidade de visitar recentemente.
As
Igrejas malabarenses e malankarenses na Índia, de fato, estão em crescimento constante
e isso requer a criação de novas dioceses, e maiores recursos financeiros. Verifica-se
também a necessidade da criação de obras de caridade para os fiéis mais necessitadas,
dispersos em um território vastíssimo. O Cardeal Sandri contou sobre a sua “peregrinação
de paz à Índia”, atingida por episódios de violência contra os cristãos, onde encontrou
“uma comunidade eclesial, apesar de tudo, viva e projetada rumo ao futuro”, onde a
Igreja - ainda que entre problemas novos e antigos – desenvolve obras de assistência
muito apreciadas pela população.
Dirigindo a atenção também à Igreja Greco-Católica
na Ucrânia, que ressurgiu após duas décadas de repressão, o purpurado recordou que
já 20 anos atrás faltavam sacerdotes, religiosos e estruturas pastorais e que hoje
podem se notar sinais de vitalidade, especialmente nos setor juvenil, vocacional,
do apostolado cultural e da comunicação social. O Cardeal Sandri pediu para que seja
ainda mais valorizada a Igreja deste país, que “representa uma comunidade chave para
o futuro eclesial de todo o Leste europeu”.
Na sede da Roaco foi também recolhido
“o grito desesperado de ajuda dos cristãos iraquianos”, lançado pelos bispos nestes
dias em Roma, em visita ad Limina Apostolorum.
A influência do Islamismo, a
falta de trabalho, a ausência de uma plena liberdade levam, de fato, as famílias cristãs
a deixarem o país. E isso – havia referido na abertura da Assembléia o substituto
da Secretaria de Estado, o Arcebispo Fernando Filoni – é uma grande fonte de preocupação
para todos, principalmente para o Papa. (SP)