2009-02-02 13:49:28

Recebendo o novo Embaixador da Hungria, o Papa recorda a necessidade de proteger a família e de respeitar princípios éticos na esfera económica


(2/2/2009) Sentido de responsabilidade ética no campo económico e financeiro e atenção aos valores cristãos e humanos, nomeadamente no que diz respeito à família, “coração de qualquer cultura e nação” – foram evocados pelo Papa, ao receber, nesta segunda-feira, o novo Embaixador da Hungria junto da Santa Sé, János Balassa.
Recordando os “importantes acontecimentos de 1989, que abriram novos horizontes de esperança para o futuro”, o Santo Padre congratulou-se com os “grandes progressos” alcançados pela Hungria nos últimos vinte anos, “estabelecendo as estruturas de uma sociedade livre e democrática, capaz e desejosa de desempenhar o seu papel numa comunidade mundial cada vez mais globalizada”.

“As forças que no mundo moderno governam as questões políticas e económicas precisam de ser correctamente orientadas – reconheceu Bento XVI, retomando uma observação feita no seu discurso pelo diplomata húngaro. “Noutras palavras, precisam de ser construídas sobre alicerces éticos, dando sempre a prioridade à dignidade e aos direitos da pessoa humana e do bem comum da humanidade”.

Aludindo à experiência da “liberdade de novo alcançada” na Hungria, o Papa denunciou o “risco de que os valores humanos e cristãos, tão profundamente enraizados na história e na cultura de cada um dos povos europeus”, sejam suplantados por outros, baseados em visões dissonantes do domem e da sua dignidade e perigosos para o desenvolvimento de uma sociedade verdadeiramente florescente”. Explicitando melhor o seu pensamento, Bento XVI referiu a “primordial importância da família para a construção de relações comunitárias pacíficas a todos os níveis”. Perante “medidas sociais e políticas agressivas” em relação à “vital função de coesão” que toca à família, o Papa sublinhou que há que encontrar modos de “salvaguardar este elemento essencial da nossa sociedade, coração de toda e qualquer cultura e nação”.

Finalmente, referindo-se mais especificamente à Igreja Católica na Hungria, Bento XVI congratulou-se com o facto de que, “depois de décadas de opressão, sustentada pelo testemunho heróico de tantos cristãos”, esta tenha podido emergir, “tomando o seu lugar numa sociedade transformada, de novo capaz de proclamar livremente o Evangelho”. A Igreja – recordou uma vez mais o Papa – “não busca privilégios para si mesma, mas deseja desempenhar a sua parte na vida da nação, em conformidade com a sua natureza e missão”.








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