Bogotá, 02 fev (RV) - A Igreja colombiana realizou ontem, em todas as paróquias
e jurisdições eclesiásticas, um momento de oração especial por ocasião da libertação
de alguns seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Para
a Igreja, o momento de oração foi dedicado também a todos aqueles que ainda se encontram
em cativeiro.
Neste domingo, o grupo guerrilheiro libertou quatro reféns em
uma ação que contou com a participação do Brasil.
O governo brasileiro enviou
helicópteros para o resgate dos policiais Walter José Lozano Guarnizo, Alexis Torres
Zapata e Juan Fernando Galicio Uribe e do soldado William Giovanny Domínguez Castro.
Eles eram mantidos reféns havia mais de um ano.
O grupo desembarcou na noite
de ontem no aeroporto Vanguardia, na cidade de Villavicencio, e foi recebido com flores
e lenços brancos por centenas de pessoas.
O presidente da Colômbia, Álvaro
Uribe, autorizou nesta segunda-feira somente a Cruz Vermelha a continuar com a missão
humanitária para resgatar outros dois reféns das FARC.
Mas a alegria suscitada
pela libertação dos quatro reféns foi ofuscada por um atentado à bomba em uma delegacia
na cidade de Cali, na Colômbia, nesta segunda-feira. Segundo o jornal "El Colombiano",
cinco jovens estão entre as vítimas da explosão e 38 ficaram feridos.
A bomba
possuía cerca de 70 quilos de explosivo, tendo causado fortes danos materiais nos
arredores da delegacia no Departamento do Valle del Cauca. O autor do atentado, que
estava em um carro, foi atingido pelo fogo e morreu em um centro médico.
Nenhum
grupo assumiu a autoria deste ataque, mas a polícia culpa as Farc – que não se pronunciaram.
Sobre a situação na Colômbia, de 9 a 13 de fevereiro se realizará na capital,
Bogotá, a 80ª Assembléia Plenária do episcopado colombiano. Esta edição terá como
tema central os desafios que a Igreja é chamada a enfrentar, definindo critérios e
linhas de ação pastorais.