2009-02-02 16:30:04

IGREJA DENUNCIA: 400 CIVIS MORTOS NO NORTE DO SRI LANKA


Colombo, 02 fev (RV) - Mais de 400 civis mortos e 1.400 feridos nos últimos dez dias: esses são alguns números contidos num comunicado divulgado pela Comissão "Justiça e paz" da diocese de Jaffna, no norte do Sri Lanka.

Toda a comunidade católica está se mobilizando na assistência e na proteção dos refugiados civis. E não só, a greve de fome iniciada nos dias passados pelo bispo de Jaffna e por religiosos e leigos cristãos prossegue.

Segundo o padre Dominic Rohan, missionário claretiano, depois de três dias de greve de fome na catedral de Jaffna, a iniciativa passou para as paróquias, com a participação de centenas de pessoas, para protestar contra a guerra e pedir a proteção dos civis. "A escolha de prosseguir a greve de fome nas igrejas e não em locais públicos deve-se ao fato de que esta iniciativa não é bem vista pelo exército e pelos políticos leais ao governo" – afirmou o missionário.

Enquanto isso, os confrontos prosseguem, destruindo as infraestruturas civis. Como a Cruz Vermelha divulgou nesta segunda-feira, um hospital da cidade de Puthukkudiyiruppu foi bombardeado, matando nove pessoas e destruindo a repartição pediátrica.

Já na capital, Colombo, a nação celebrou hoje o aniversário de independência com discursos eufóricos, pois, segundo o governo, está em ato a "vitória final" sobre os rebeldes tâmeis.

Mas o arcebispo de Colombo, Dom Oswald Thomas C. Gomis, recordou que, para a nação, "vitória significa garantir que todos os cidadãos do país sejam iguais, livres para viver e alcançar a felicidade com plenitude, sem distinções de raça, religião, casta ou filiação política".

O arcebispo reiterou que a Igreja condena toda forma de violência: "Devemos ter presente os milhares de pessoas que sofrem por causa da guerra, que estão refugiados e vivem em condições desumanas. É um imperativo restituir a elas, o mais rápido possível, condições dignas de vida. É preciso recordar que os civis tâmeis são cidadãos do nosso país e não podem ser privados de seus direitos fundamentais".







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