2009-01-28 13:00:29

SACERDOTE É SEQUESTRADO NA NIGÉRIA


Abuja, 28 jan (RV) - O sacerdote católico Pe. Pius Kii foi sequestrado em Port Harcourt, no sul da Nigéria.

Segundo a imprensa local, ele foi levado, depois de uma missa na Catedral Corpus Christi, de Port Harcourt. Ele estava dirigindo seu carro, quando foi abordado por homens armados. Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo sequestro. Um porta-voz militar afirmou que a polícia está à procura do sacerdote.

Pe. Kii é muito conhecido em Port Harcourt, porque foi presidente de um programa de instrução de base (Universal Basic Education Board) no estado de Rivers. Atualmente, é vice-pároco na Igreja de Cristo Rei.

A Associação Cristã da Nigéria condenou o sequestro do Pe. Kii, e pediu sua libertação imediata. O arcebispo de Abuja, Dom John Oloreunfemi Onaiyekan, presidente da associação, afirmou: "Se chegaram a seqüestrar um padre, então ninguém está seguro!"

O porta-voz da associação, Rev. Ekiye Felix, dirigiu um apelo ao governo, para que crie rapidamente políticas que gerem empregos para os jovens que, sem opção, acabam por abraçar o crime.

No Delta do Níger, centenas de pessoas são seqüestradas por ano, mas normalmente são crimes relacionados com as empresas de extração de petróleo.

Ainda na Nigéria, o Conselho Interrreligioso do país (NIREC) preparou um programa de formação à não-violência dirigido a jovens cristãos e muçulmanos.

A finalidade é promover o diálogo entre os jovens nigerianos, como instrumento para a solução pacífica dos conflitos. Desde 2001, mais de 10 mil pessoas morreram e numerosos locais de culto foram destruídos, em virtude das violências interreligiosas eclodidas com a introdução da xariá (a lei islâmica) nos estados do norte do país, de maioria muçulmana.

A origem dessas tensões pode ser encontrada, normalmente, em motivações políticas e sociais, como afirma o próprio conselho, depois da violência registrada em dezembro passado, na cidade de Jos.

Dom Onaiyekan afirma que o programa é dirigido aos jovens, porque as novas gerações são "as mais vulneráveis a esses incidentes e às crises interreligiosas". O co-presidente do Conselho, Sultão As'ad Abubakar, evidenciou, por sua vez que, "sem a paz, o desenvolvimento não é possível na Nigéria".







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