2009-01-26 12:54:33

PAPA RECORDA OS 50 ANOS DO ANÚNCIO DO CONCÍLIO VATICANO II


Cidade do Vaticano, 26 jan (RV) - Bento XVI presidiu na tarde de ontem, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, as II Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo, com a qual encerrou a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos no hemisfério norte. Estavam presentes na Basílica representantes anglicanos, luteranos e do patriarcado ortodoxo de Constantinopla.

Na homilia, o papa afirmou que a conversão de São Paulo nos oferece o modelo e nos indica a estrada para caminhar rumo à plena unidade: "De fato, a unidade requer uma conversão: da divisão à comunhão, da unidade ferida à unidade restaurada e plena. Esta conversão é dom de Cristo ressuscitado, como aconteceu com São Paulo".

Mas a conversão, recordou o papa, não depende somente de nós, mas é um dom: é a comunhão com Cristo ressuscitado que nos doa a unidade.

O tema da Semana foi extraído do livro do profeta Ezequiel: "Que formem uma só coisa em tua mão" (Ez 37,17). Deste trecho, disse o pontífice, emerge uma verdade cheia de esperança: Deus promete a seu povo uma nova unidade que deve ser sinal e instrumento de reconciliação e de paz também no plano histórico, para todas as nações.

Bento XVI explicou que a unidade que Deus doa à sua Igreja é a comunhão no sentido espiritual, na fé e na caridade, mas esta unidade em Cristo é fermento de fraternidade também no plano social, nas relações entre as nações e para toda a família humana.

"Lá onde as palavras humanas se tornam impotentes, porque prevalece a trágica opressão da violência e das armas, a força profética da Palavra de Deus não permanece em vão e nos repete que a paz é possível, e que devemos ser instrumentos de reconciliação e de paz."

Falando da Terra Santa, Bento XVI afirmou que é importante que os fiéis que lá vivem, como também os peregrinos que a visitam, ofereçam a todos o testemunho de que a diversidade de ritos e de tradições não deve constituir um obstáculo ao respeito mútuo e à caridade fraterna, mas riqueza na multiplicidade.

O papa concluiu a homilia recordando que em 25 de janeiro de 1959, exatamente cinqüenta anos atrás, o bem-aventurado Papa João XXIII manifestou pela primeira vez o desejo de convocar "um Concílio Ecumênico para a Igreja Universal".

Daquela providente decisão, disse Bento XVI, nasceu uma fundamental ajuda ao ecumenismo: "Permanece aberto diante de nós o horizonte da plena unidade. Trata-se de uma tarefa árdua, mas entusiasta para os cristãos que querem viver em sintonia com a Oração do Senhor: 'a fim de todos sejam um, para que o mundo creia'".







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