2009-01-25 14:17:01

Acreditar em Jesus morto e ressuscitado e abrir-se á iluminação da sua graça divina; nisto consiste a nossa conversão, salientou o Papa falando da Conversão de São Paulo.
Para Bento XVI a unidade de todos os cristãos é um objectivo que será atingido. Os bons votos aos povos do extremo oriente que celebram o novo ano lunar e o pedido aos estados que tutelem os doentes de lepra.
 
 


(25/1/2009) Antes de encontrar o Senhor no caminho de Damasco, São Paulo já era crente, mais ainda hebreu fervoroso, e portanto não passou da não -fé á fé, dos ídolos a Deus, nem teve de abandonar a fé judaica para aderir a Cristo. Recordou Bento XVI neste Domingo antes da recitação do Angelus, exaltando assim uma vez mais o laço entre hebraísmo e cristianismo, explicando o significado de festa de hoje da Conversão de São Paulo.
“No caminho de Damasco – explicou – aconteceu aquilo que Jesus pede no Evangelho deste Domingo lá onde diz: completou-se o tempo e o reino de Deus está perto: arrependei-vos e acreditai na Boa Nova.
Para Bento XVI de facto, Saulo converteu-se porque, graças á luz divina, acreditou no Evangelho.
“Nisto – sublinhou – consiste a sua e a nossa conversão: acreditar em Jesus morto e ressuscitado e abrir-se á iluminação da sua graça divina. Naquele momento Saulo compreendeu que a sua salvação não dependia das boas obras feitas segundo a lei, mas do facto que Jesus morrera por ele, o perseguidor ( dos primeiros cristãos) e ressuscitara.
A verdade do Evangelho, que graças ao Baptismo ilumina a existência de cada cristão, para o Papa inverte completamente a nossa maneira de viver. “Converter-se significa também, para cada um de nós, acreditar que Jesus deu a sua vida por mim morrendo na cruz e, ressuscitado vive comigo e em mim.
Entregando-me á potencia do seu perdão – disse Bento XVI com voz comovida – passando a falar em primeira pessoa – deixando-me agarrar pela mão por Ele, posso sair das areias movediças do orgulho e do pecado, da mentira e da tristeza, do egoísmo e de todas as falsas seguranças, para conhecer e viver a riqueza do seu amor.
O objectivo da plena unidade dos cristãos ainda não foi atingido mas ele no fim será certamente atingido. Foi o que afirmou O Santo Padre referindo-se á conclusão neste dia 25, da semana de oração pela unidade dos cristãos, particularmente importante também no plano ecuménico. Bento XVI recordou o encontro de oração ecuménica que decorrerá esta tarde em Roma na Basílica de São Paulo fora de muros.
Depois da recitação do Angelus o Papa externou o seu aplauso ás Nações Unidas que com uma recente Declaração do Alto Comissariado para os direitos humanos, solicitaram os Estados á tutela dos doentes de lepra e dos seus familiares.
No dia mundial dedicado a estes doentes ( efeméride que ocorre neste último Domingo de Janeiro, Bento XVI afirmou que a Igreja, seguindo o exemplo de Jesus, tem sempre uma atenção particular pelas pessoas atingidas por esta doença. Como testemunha também a mensagem difundida nos dias passados pelo conselho pontifício para a pastoral da saúde.
O Santo Padre assegurou a sua oração por estes doentes e renovou o encorajamento a todos aqueles que lutam com eles pela cura plena e uma boa inserção social.
O Papa formulou também os bons votos aos povos do extremo oriente que hoje celebram o ano novo lunar.
“Os povos de vários países da Ásia Oriental preparam-se para celebrar o ano novo lunar. Desejo-lhes que vivam esta festa na alegria. A alegria é expressão do estar em harmonia consigo mesmo: e isto pode derivar apenas do estar em harmonia com Deus e com a sua criação. Que a alegria esteja sempre viva no coração de todos os cidadãos daquelas Nações, que me são tão queridas, e se irradie no mundo.

Depois da recitação do Angelus, Bento XVI que á janela dos seus aposentos se encontrava ladeado de um menino e uma menina da Acção Católica italiana, com grande simplicidade, cedeu o microfone a Miriam, menina eritrea, hoje romana.
Eram numerosos este domingo, na Praça de São Pedro, os meninos da acção católica da diocese de Roma que concluíram com a caravana da paz o mês de Janeiro que tradicionalmente dedicam ao tema da paz.
O Papa dirigiu-lhes uma saudação especial de agradecimento pela sua fidelidade ao empenho pela paz, um empenho, disse, que é feito não tanto de palavras, mas de opções e de gestos, como salientara precedentemente Miriam a quem o Papa cedera a palavra.








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