LÍBIA: LIBERDADE DE CULTO ENTRE MINARETES E CAMPANÁRIOS
Trípoli, 21 jan (RV) – "Os minaretes das mesquitas junto aos campanários das
igrejas nas nossas cidades antigas demonstram o quanto fosse presente a tolerância
religiosa desde os tempos mais remotos": é o que se lê no diário líbio de maior tiragem
– Oea – por ocasião da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se celebra
por iniciativa do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
"Os
cristãos aqui, são livres para professar e praticar a própria fé" – explica o bispo
do Vicariato Apostólico de Trípoli, capital administrativa da Líbia, Dom Giovanni
Innocenzo Martinelli, que, em 35 anos de atividades, fez amizades entre a população
local e conquistou o respeito da mesma.
Em 1997, uma nota verbal do então
ministro das Relações Exteriores da Líbia confirmava a liberdade de culto e, hoje,
no país, se contam pelo menos cinco denominações religiosas, com seus ministros e
fiéis.
A Union Church reúne os protestantes, muitos africanos, mas
também paquistaneses e indianos. Existem também as Igrejas Ortodoxa grega e Ortodoxa
copta. Esta última tem, na Líbia, cinco locais de culto, entre os quais uma antiga
igreja na periferia de Trípoli. Os fiéis são quase todos egípcios que vão à Líbia,
para trabalhar.
A Igreja Anglicana – presente na Líbia com muitos fiéis entre
os imigrantes e com um pequeno grupo de europeus – dentro de poucos dias receberá
a visita, pela primeira vez, do arcebispo de Cantuária, Dr. Rowan Williams, primaz
anglicano, que chegará ao país no dia 28 de janeiro e celebrará a santa missa pela
unidade dos cristãos, na manhã do dia 30, na Igreja de Santa Maria dos Anjos, em Medina.
(AF)