2009-01-20 18:21:52

REBELDES UGANDENSES ATEIAM FOGO A IGREJA E MATAM CENTENAS DE CIVIS NO CONGO


Nairóbi, 20 jan (RV) – Numerosos civis morreram dentro de uma igreja incendiada no nordeste da República Democrática do Congo, pelo grupo rebelde autodenominado Exército de Resistência do Senhor (ERS), chefiado por Joseph Kony. Foi o que informou nesta segunda-feira, a emissora de rádio "Okapi".

Os rebeldes atearam fogo à igreja, situada na localidade de Dungu, no último sábado, enquanto os fiéis rezavam. Não se sabe o exato número de pessoas que se encontravam no interior da igreja, no momento da tragédia, disse a emissora patrocinada pela missão da ONU na RDC, a MONUC.

Dungu é um dos locais onde os insurgentes do Exército de Libertação do Senhor estabeleceram uma de suas tantas bases de retaguarda, no território da República Democrática do Congo. As milícias ugandenses combateram, durante todo o fim de semana, ao lado das forças da RDC, contra os rebeldes, nas localidades de Tora e Libombi, a 130 km de Dungu.

Segundo fontes locais, os insurgentes ugandenses incendiaram várias casa em Tora, onde se registraram cinco mortos e seis feridos, enquanto mais de cem pessoas abandonaram suas casas, por medo que os ataques de repitam.

A organização de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch, diz, num informe divulgado no último sábado, que 620 pessoas foram assassinadas pelos rebeldes do ERS, de 24 de dezembro último a 13 de janeiro.

O ERS pretende derrocar o governo de Kampala e instalar, em Uganda, um sistema de governo baseado nos Dez Mandamentos bíblicos. Para tanto, desrespeita continuamente o quinto mandamento, que ordena "Não matar". De fato, sob as ordens de Joseph Kony, os rebeldes torturam sistematicamente e matam milhares de civis no norte do país.

Considerado como um dos grupos rebeldes mais sanguinários do mundo, o ERS é conhecido por sequestrar crianças: os meninos são forçados a lutar em suas fileiras; e as meninas se tornam escravas sexuais, desde a mais tenra idade.

Joseph Kony tem 33 processos pendentes contra si, perante o Tribunal Penal Internacional, por crimes de guerra e contra a humanidade. (AF)







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