Barack Obama é o 44º Presidente dos Estados Unidos
(20/1/2009) “Eu, Barack Hussein Obama, juro solenemente que cumprirei fielmente as
funções de Presidente dos Estados Unidos e farei o melhor que estiver ao meu alcance
para preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos”. Com a mão
sobre a mesma bíblia usada por Abraham Lincoln na tomada de posse, em 1861, Barack
Obama tornou-se hoje oficialmente o 44º Presidente dos EUA. É o primeiro afro-americano
a assumir a liderança dos EUA, num momento em que o país atravessa uma grave crise
económica e continua enredado em duas guerras.
No seu discurso de tomada de
posse, disse que assume a liderança do país enfrentando "desafios que são reais" e
que "não serão vencidos no curto prazo (...) mas serão vencidos". Barack Obama
começou por se referir aos grandes desafios que a América defronta mas garantindo
que vão ser enfrentados. "Hoje os desafios que nos esperam são muitos"; "não vão ser
resolvidos de modo fácil, nem rápido", avisou. "Mas quero que saibam isto América
- vão ser resolvidos", disse, recebendo os primeiros aplausos entusiasmados.
Porquê?
"Porque escolhemos a esperança em vez do medo", disse o novo Presidente dos Estados
Unidos.
No início do discurso, Obama tinha agradecido ao Presidente cessante,
Geoge W. Bush, "pelo serviço à nossa nação, pela sua generosidade e cooperação perante
a transição". Mas agora falou da política americana como tem sido até agora. "Chegou
a altura do fim das falsas promessas que durante demasiado tempo dominaram a nossa
política." Obama referiu-se aos "44 homens" que falaram antes dele, alguns em tempos
de paz e prosperidade, outros de guerra e crises. Mas uma coisa sempre foi certa:
"A América continuou não só pela visão daqueles neste posto" - mas sim pela integridade
do povo americano e da sua grandeza, disse Obama. Aos inimigos da América, deixou
uma mensagem dura: "não vão mudar a nossa maneira de ser. E nós vamos derrotar-vos",
afirmou o primeiro negro a ocupar o mais alto cargo do país mais poderoso do mundo,
lembrando de seguida a nação "patchwork" que é a América. Numa referência aos problemas
internos dos Estados Unidos, Barack Obama adiantou que a crise também se manifesta
num sistema de saúde dispendioso, escolas com deficiências e má utilização de recursos
energéticos. "Já todos percebemos que estamos envoltos numa crise, neste momento.
A nossa nação está em guerra, contra uma vasta rede de violência e ódio. A nossa economia
está severamente enfraquecida, como consequência da ganância e da irresponsabilidade
de alguns, mas também do nosso falhanço colectivo em fazer escolhas difíceis e preparar
a nação para uma nova era. Casas foram perdidas; empregos destroçados; negócios encerrados",
disse.