Perus, 16 jan (RV) - Em um manifesto, a Federação Agostiniana Brasileira (Fabra)
denunciou a omissão do Estado perante as “injustiças” e a “facilidade para a invasão
do capital estrangeiro e da biopirataria”. A Fabra se reuniu no 11º Congresso Nacional
Agostiniano na cidade de Perus (SP) entre os dias 5 e 11 de janeiro, com a presença
de 250 participantes e mais de 20 delegados - informa a CNBB.
Com o manifesto,
a Fabra sai em defesa dos ameaçados de morte na região amazônica: as mulheres traficadas,
o meio ambiente e o direito à terra. A Federação denuncia que o Estado está deixando
que a região “se transforme em um corredor de exportação”.
Os agostinianos
afirmam que se trata de um “projeto de morte” que não têm responsáveis. E no texto,
exigem das autoridades competentes "uma séria e ampla investigação dos problemas e
suas causas reais, prejudiciais à sociedade, agindo com firmeza para que não vigore
o domínio do mais forte, a violência e a mentira e sim que seja assegurado o direito
à vida de todos pela verdade e pela justiça”.
O manifesto se encerra expressando
solidariedade aos "nossos irmãos, irmãs e famílias ameaçadas", e assumindo a missão
de defender e promover a vida e a dignidade humana: "Reafirmamos a nossa esperança
na força do Espírito Santo que age na História e buscamos nesse gesto concreto o início
da transformação da Cidade dos Homens em Cidade de Deus".