2009-01-15 14:34:50

ABERTO INQUÉRITO ESPANHOL SOBRE MASSACRE DE 1989 EM EL SALVADOR


Madri, 15 jan (RV) - A magistratura espanhola anunciou a abertura de um inquérito contra 14 militares – entre os quais o ex-ministro da Defesa, Humberto Larios e o ex-chefe das Forças Armadas, General René Emilio Ponce – pelo assassinato de seis sacerdotes jesuítas, uma colaboradora e sua filha adolescente, na Universidade Centro-americana (Uca) de El Salvador, em 1989.

O juiz da ‘Audiência Nacional’ de Madri, Eloy Velasco, acolheu duas denúncias apresentadas em novembro pela ‘Associação Pró Direitos Humanos’ espanhola e pelo ‘Center for Justice & Accountability’ (Cja) de São Francisco, contra os militares e o ex-presidente Alfredo Cristiani, que governou o país de 1989 a 1994. Ele é acusado de ocultar informações e proteger os autores do crime, mas por enquanto, não será envolvido no inquérito.

Na madrugada de 1989, em plena guerra civil (1980-1992), soldados do batalhão ‘Atlacatl’ – unidade treinada nos EUA para a luta anti-guerrilha – invadiram a Universidade e mataram a sangue frio o reitor, pe. Ignacio Ellacuría, colaborador de dom Oscar Arnulfo Romero, seu vice, e outros quatro jesuítas (cinco deles eram espanhóis), além de uma doméstica e sua filha de 15 anos.

Em 1991, nove soldados foram processados pelo massacre. Apenas dois foram condenados a 30 anos de cárcere; mas com o fim da guerra civil e a anistia proclamada em 1993 pela Aliança Republicana Nacionalista (Arena), que ainda hoje governa o país, o caso foi arquivado.
 







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