Jerusalém, 05 jan (RV) - Os fiéis da Terra Santa dedicaram o primeiro domingo
de 2009 à oração pelo fim do conflito na Faixa de Gaza.
A iniciativa partiu
dos 13 patriarcas e líderes das Igrejas cristãs de Jerusalém, depois da declaração
conjunta publicada em 30 de dezembro.
Não foi programado nenhum evento, mas
somente a intenção de oração comum para todas as confissões.
Na cidade de
Beit Sahour, a poucos quilômetros de Belém, cristãos e muçulmanos se uniram em passeata
para manifestar contra as incursões israelenses.
Católicos, luteranos, ortodoxos
e muçulmanos também arrecadaram fundos para enviar ajudas à Faixa de Gaza. "Os mortos
de Gaza são o nosso povo", afirmou o pároco da igreja latina de Beit Sahour, padre
Faisal. "Este protesto que nos une é contra a guerra e a morte de civis, e queremos
que se encontre logo uma solução."
O sacerdote relata que as pessoas têm medo
de sair de casa. "Na missa de ontem, por exemplo, havia somente religiosas", afirmou.
Ontem à tarde, em Jerusalém, houve um momento de oração ecumênico na igreja
dos dominicanos, organizado pela Coalizão Nacional das Organizações Cristãs.
O
único sacerdote católico da Faixa de Gaza, padre Manuel Musallam, afirma que os soldados
israelenses não distinguem mais civis e combatentes. "Trata-se de uma verdadeira guerra",
disse ele.
Pe. Mussallam afirma que os israelenses não somente atingem indiscriminadamente,
mas estão usando armas novas e mais insidiosas: "Segundo o diretor do maior hospital
de Gaza, os corpos chegam ao hospital com feridas jamais vistas em Gaza. Multiplicar
os motivos de ressentimento dos palestinos, como Israel está fazendo, matando mulheres,
homens e crianças que nunca pegaram numa arma, tem como único resultado distanciar
ainda mais a paz". (BF)