CARDEAL ERDÖ APONTA DESAFIOS PARA A EUROPA NO ANO QUE SE INICIA
Cidade do Vaticano, 03 jan (RV) - A República Tcheca assumiu, no dia 1º de
janeiro, a presidência de turno da União Européia, ocupada nos últimos seis meses
pela França. Enquanto Praga assume a liderança da Europa comunitária, a Eslováquia
festeja a adoção do euro como moeda nacional. Ao dar adeus à coroa, Bratislava precedeu
a Polônia, Hungria, e a própria República Tcheca, que ainda não fixaram a data para
a adoção do euro. Quais as perspectivas para o continente no início deste novo ano?
À parte a emergência no Oriente Médio, o novo ano se apresenta, para a Europa,
cheio de desafios. Há a crise econômica, mas também se evidencia o difícil caminho
rumo ao Tratado Constitucional que, através de reformas institucionais poderia dar
mais força política à União.
O semestre francês foi marcado por importantes
tomadas de posição como no caso da Geórgia, da crise econômica e da emergência em
Gaza, chamando mais uma vez a atenção, para a necessidade de uma Europa mais unida
e mais forte, na sua mensagem de paz e desenvolvimento.
Tudo isso deve partir
dos valores importantes, como reafirmou o cardeal-arcebispo de Budapeste, Péter Erdö,
presidente do Conselho das Conferências Episcopais Européias (CCEE).
Cardeal
Péter Erdö:- "Antes de tudo, creio que a Europa é muito mais ampla do que a estrutura
da União, porque chega até os Urais; abrange também outras regiões que não fazem parte
da União Européia. Talvez a forma de colaboração entre os países europeus não seja
o ponto mais importante, mas sim o conteúdo desta colaboração. Quero dizer que é importante
reforçar as estruturas, mas também é necessário perguntar-se para o que elas servem.
É absolutamente necessário ver claro alguns valores comuns e humanos, que tornem possível
uma vida mais humana na Europa. Entre esses valores, eu reafirmo a vida e a família,
porque sem o respeito pela vida humana e sem a família, nenhuma estrutura pode almejar
a uma verdadeira convivência entre sociedades." (SP/AF)