2008-12-31 12:28:25

IGREJA NA TERRA SANTA UNE-SE CONTRA VIOLÊNCIA NA REGIÃO


Jerusalém, 31 dez (RV) - A Igreja na Terra Santa e os líderes cristãos da região acompanham com preocupação os combates na Faixa de Gaza.

Em declaração conjunta assinada ontem, os três patriarcas (latino, greco-ortodoxo e armênio) expressam "profunda dor, pelo ciclo de violência entre israelenses e palestinos e pela contínua falta de paz na nossa Terra Santa".

Eles convidam as partes em causa a "se absterem de todos os atos de violência e, em especial, as várias facções palestinas, a defenderem o próprio povo para além de interesses privados".

Além disso, os patriarcas pedem à comunidade internacional que intervenha imediatamente, para "deter o derramamento de sangue" e favorecer uma solução do conflito, baseada em resoluções internacionais.

Um dos signatários da declaração é o custódio da Terra Santa, Fr. Pierbattista Pizzaballa, entrevistado pela Rádio Vaticano.

Fr. Pierbattista Pizzaballa:- "Vivemos um período de grande tensão. É verdade que aqui, na Cisjordânia, estamos relativamente distantes do que está acontecendo, no sentido que não vemos nem ouvimos as bombas; porém, em toda a população civil, sobretudo na população árabe israelense, o sentimento é de muito raiva e frustração."

P. Na sua opinião, Fr. Pizzaballa, o que aconteceu para a situação degenerar desta maneira?  
Fr. Pierbattista Pizzaballa:- "Aqui, o chamado processo de paz é retomado e interrompido continuamente; não é a primeira vez que estamos próximos de uma guinada e, depois, isso não acontece. Temo que, inclusive neste caso, façamos parte de um roteiro já escrito: tudo parecia pronto para alguma mudança e, depois, se escolhe a opção mais simples, isto é, a violência. Violência que, além de tudo, me parece desproporcional, excessiva. Aquilo que é certo é que quem paga e quem sofre são sempre as pessoas, os pobres. Não creio que desta maneira os problemas serão resolvidos."

P. E comunidade internacional, o que pode fazer a respeito?  
Fr. Pierbattista Pizzaballa:- "O papel da comunidade internacional – como sempre dissemos – é muito importante, porque pode pressionar e convidar ambos os lados à moderação. A comunidade internacional está ausente há muito tempo, e creio que mesmo que queira fazer algo agora, isso levaria tempo, infelizmente. E o tempo, aqui, é um fator determinante."

Os bombardeios contra Gaza começaram no sábado, 27, e têm a finalidade de destruir a capacidade militar do grupo extremista Hamas. Segundo levantamento das agências internacionais, o número de palestinos mortos já ultrapassou a casa dos 380, e há ao menos 1.700 feridos. (BF/AF)







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