Nova York, 31 dez (RV) – O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou,
nesta quarta-feira, com palavras realmente fortes, as "assustadoras atrocidades" perpetradas
na República Democrática do Congo, pelo Exército de Resistência do Senhor (ERS), responsável
pelo massacre, nos dias passados, de pelo menos 45 pessoas que se encontravam no interior
de uma pequena igreja.
As vítimas foram exterminadas a machadadas e pauladas,
segundo revelou o capitão Chris Magezi, porta-voz da operação conjunta contra o ERS,
realizada pelos exércitos de Uganda, da República Democrática do Congo e da região
autônoma do sul do Sudão.
O capitão disse que o ataque dos rebeldes do ERS
recorda os massacres ocorridos durante a guerra civil entre hutus e tutsis, em Ruanda.
"As informações dão conta – disse o capitão Magezi − que os rebeldes cortaram as vítimas
em pedaços."
O massacre ocorreu numa igreja católica, localizada a 10 km da
cidade de Doruma, no distrito de Haut Uele, nordeste da República Democrática do Congo.
O
exército ugandês já havia acusado o ERS de ter assassinado, na quarta e quinta-feira,
pelo menos 35 civis.
Numa declaração divulgada pela sede da ONU em Nova York,
Ban Ki-moon pede ao Exército de Resistência do Senhor "o pleno respeito pelo Direito
Humanitário Internacional". (AF)