2008-12-29 18:37:15

NÚNCIO EM ISRAEL CONDENA VIOLÊNCIA E PEDE DIÁLOGO


Cidade do Vaticano, 29 dez (RV) – Prossegue a ofensiva aérea israelense contra Hamas, na Faixa de Gaza. O chefe dos serviços de emergência de Gaza, Muauiya Hussanein, informou que a ofensiva militar de Israel já causou, desde sábado passado, a morte de 310 pessoas e mais de mil feridos.

Sobre a situação humanitária em Gaza, a Rádio Vaticano entrevistou a diretora da Caritas-Jerusalém, Claudette Habbash: "Em Gaza, a situação é dramática, as bombas não param. Agora, mais de 1.500 pessoas estão feridas, mas em Gaza existem somente 1.400 leitos; os hospitais, então, lançam apelos por medicamentos e mais leitos, pedem sangue, pedem tudo. Os bombardeios continuam."

Claudette Habbash diz que as pessoas necessitam urgentemente de intervenções médicas: "Muitos perderam as mãos ou as pernas, e precisam de tratamento imediato. A situação delas é muito difícil: não podem ir para Israel, Egito ou Jordânia, e muitos feridos não podem nem mesmo sair de casa."

Também o núncio apostólico em Israel e delegado apostólico em Jerusalém e na Palestina, Dom Antonio Franco, falou da violência na região:

Dom Antonio Franco:- "Infelizmente, se assiste a tudo isso como expectadores inermes, com muita tristeza na alma, porque esses ataques colocam novamente em questão tudo o que estava sendo negociado. Aqui em Jerusalém também há certo nervosismo, sente-se na população árabe uma reação psicológica emocional a toda esta violência e a esses mortos que estão aumentando dia após dia."

P. Como é possível restabelecer a paz, em meio a este ódio?

Dom Franco:- "Não acredito que existam receitas ou soluções. A primeira coisa seria o que o Santo Padre pediu, ou seja, que haja uma interrupção desta violência, se volte às negociações; mas é necessário haver boa vontade de todas as partes. Na prática, sentimo-nos impotentes para fazer algo. Só nos resta rezar. Há uma sensação de frustração, uma sensação de angústia diante desta realidade sobre a qual não se consegue incidir, não se consegue fazer nada de positivo." (BF/AF)







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