2008-12-21 13:31:09

A ciência deve dialogar com as verdades da fé


(21/12/2008) É possível compreender, explicar e defender as verdades da fé á luz da razão humana, somente procurando a consonância de todas as verdades, naturais e sobrenaturais, que derivam de uma única e mesma fonte.
Sublinha Bento XVI numa carta para o sétimo centenário da morte do grande filosofo e teólogo franciscano escocês João Duns Scoto o qual, mais de meio milénio antes de a Igreja proclamar este dogma, defendeu a Imaculada Conceição de Maria contra o parecer de Tomás de Aquino e dos Dominicanos afirmando: Se não contrasta com a autoridade da Igreja ou com a autoridade da Escritura, parece provável que se deva atribuir a Maria aquilo que é mais excelente.
Uma atitude que testemunhava a liberdade da sua pesquisa teológica, mas também a firme vontade de obedecer ao magistério. De facto, recorda Bento XVI, depois de ter provado com varias argumentações, tiradas da razão teológica, o próprio facto da preservação do pecado original, da bem aventurada Virgem Maria, Duns Scoto estava absolutamente pronto também para recusar esta persuasão no caso que resultasse que ela não estivesse em sintonia com a autoridade da Igreja.
Mais em geral, para o Santo Padre, Duns Scoto soube conjugar a piedade com a pesquisa cientifica e assim com o seu engenho refinado penetrou nos segredos da verdade natural e revelada e daí extraiu uma tal doutrina ao ponto de ser chamado “Doutor Subtil” tornando-se mestre e guia da escola franciscana, luz e exemplo para o inteiro povo cristão.
Discípulo fiel de São Francisco de Assis, o beato João Duns Scoto contemplou e pregou assiduamente a Incarnação e a Paixão salvifica do Filho de Deus, recorda ainda Bento XVI que por seu lado se sente particularmente próximo de Scoto. “Tendo nós no inicio do nosso ministério pregado antes de mais a caridade que é o próprio Deus, vemos com alegria que a ela a doutrina singular deste Beato reserva um lugar particular, escreve de facto na sua mensagem em latim dirigida ao Cardeal Joaquim Meisner que presidirá em Colónia, a cidade onde Duns Scoto morreu em 1308, as celebrações para o sétimo centenário, iniciativas bem merecidas porque, conclui o Papa , prestam homenagem e honram um homem tão exímio que se tornou tão benemérito no seu contributo para o progresso da doutrina da Igreja e da ciência humana.








All the contents on this site are copyrighted ©.