Paz para a África um dos objectivos da próxima assembleia especial do Sinodo dos Bispos
(20/12/2008) «A paz, bem supremo dos povos, é particularmente urgente neste momento
no continente africano, marcado ainda por diversos conflitos». É a conclusão principal
da 17ª reunião do Conselho Geral do Sínodo dos Bispos realizada em finais de Novembro
em Roma em preparação do próximo Sínodo Especial para a África. Nesta reunião
preparatória participaram dez bispos africanos de todas as regiões do continente,
encabeçados pelo cardeal Francis Arinze, prefeito emérito da Congregação para o Culto
Divino. Nela se estudou já um esboço do Instrumentum laboris, cuja redacção
definitiva, após ulteriores correcções, será entregue pelo Papa aos bispos africanos
durante a sua próxima viagem à Republica dos Camarões e Angola em Março de 2009. O
tema escolhido pelo Papa para a próxima reunião sinodal é «A Igreja na África, ao
serviço da reconciliação, da justiça e da paz. "Vós sois o sal da terra... Vós sois
a luz do mundo"(Mt 5, 13-14)». O Sínodo terá lugar no Vaticano durante o mês de
Outubro do próximo ano. De maneira especial, o comunicado final desta última reunião
repercutiu a difícil situação em que vive a República Democrática do Congo, «que se
impõe pela emergência humanitária, e que interpela os fiéis e todos os homens de boa
vontade». Esta paz, «dom do Senhor ressuscitado aos seus discípulos», afirma o
comunicado, «ocupa um lugar central na revelação do Novo Testamento», e também foi
um tema fundamental do Sínodo especial para África, de 1994, como se vê na Exortação
Pós sinodal. Na reunião foi estudada a situação política e social do continente,
e especialmente foi manifestado que «existem elementos de esperança», devidos «particularmente,
ao dinamismo da Igreja». Neste sentido, como o foi no sínodo anterior, é previsível
que se dê ênfase ao Evangelho como «fonte de esperança, de optimismo e de paz, forte
apelo à reconciliação, ao diálogo, à solidariedade, de maneira a superar as divisões,
que emergem da diversidade de religiões, de línguas e de etnias».