2008-12-19 15:35:40

Comunicado da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) sobre a visita do Santo Padre, Bento XVI, a Luanda, previsto para 20-23 de Março de 2009.


(19/12/2008) Uma grande alegria vos queremos anunciar: O SANTO PADRE VEM A ANGOLA!  Ele aceitou o convite feito pelos vossos Bispos e, mais uma vez, não somente o nosso País mas, através dele, a África inteira vai ter a honra de receber a visita do Sucessor de Pedro.
 Sim, o Papa é, desde há vinte séculos, o sucessor daquele a quem Jesus afirmou: “TU ÉS PEDRO, E SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA” (Mt 16,18).   
 Daqui se infere que a Igreja de Cristo só está onde está a pedra sobre a qual a mesma Igreja foi edificada. E essa pedra é Pedro, hoje presente na pessoa do seu sucessor, o Bispo de Roma, que é o Papa Bento XVI.  
 O Primado de Pedro foi reconhecido pelos outros Apóstolos desde o dia em que ele, levantando-se no meio dos irmãos, presidiu à eleição de Matias, o primeiro Bispo eleito pelo Papa  (Act 1,15ss); e desde o dia do Pentecostes, em que Pedro tomou a palavra, no meio dos outros Apóstolos, e falou à multidão convertendo “cerca de três mil almas” (Act 2,41).      
 Ora, da mesma forma que então os outros Apóstolos reconheceram em Pedro o alicerce da Igreja, também hoje os Bispos reconhecem no Papa o sucessor de Pedro, ou seja, a pedra sobre a qual está fundada e garantida a perenidade da mesma Igreja.
 Ao receber o Papa, não é somente o nosso País que fica honrado mas, em certo modo, todo o nosso Continente. Porém, passa por nós a responsabilidade de corresponder a tamanha honra. E  então, se nobreza obriga, nós estamos obrigados a manifestar a nossa nobreza correspondendo ao que esta augusta visita exige de nós. Ora, que é o que ele exige de nós?
 Certamente, exige uma preparação digna de tão augusto visitante, proporcionando-lhe as condições de acolhimento que lhe são devidas. Mas exige mais do que isso. Exige também uma preparação espiritual e cristã que nos torne capazes de assimilar e frutificar a mensagem que o Papa nos vem trazer.
 Os destinatários desta mensagem não seremos exclusivamente nós, os Católicos. Mas seremos todos nós os Angolanos e , através de nós, todos os homens e mulheres de boa vontade. De facto, o que o Papa nos vem dizer inspira-se, com certeza, no
 Evangelho. E o Evangelho destina-se a todos os homens de todos os credos, como a  qualquer homem que se considere sem credo nenhum. E a este, a caso com mais razão.
 Isto não significa que a palavra do Papa venha a ignorar os problemas humanos que nos preocupam. Longe disso. É profissional missão do ministério petrino iluminar as realidades terrenas com a luz da palavra de Deus. Sabemos que o Papa, por isso mesmo, já colheu informações sobre os grandes problemas que preocupam o povo Angolano. Não quer isto dizer que o Santo Padre venha aqui resolver os nossos problemas técnicos e económicos. Não é missão da Igreja ensinar “como vão os Céus” mas, sim, como se vai para o Céu.
 O Santo Padre, como é seu desejo, encontrar-se-á com pessoas das mais diferentes categorias religiosas, sociais e políticas: jovens, casais, Padres Irmãs, etc. Quando o programa obtiver os últimos acertos, o mesmo será convenientemente divulgado.
 Resta-nos fazer aqui um apelo para que todos correspondamos ao objectivo desta visita. E corresponderemos, se dispusermos o nosso coração para acolher, de forma dócil e eficaz, a palavra que o Augusto Pontífice nos vem trazer. Angola foi o primeiro País subsariano a receber a luz do Evangelho. Vamos timbrar em manter esta primazia também na vivência e difusão do mesmo Evangelho.
 Será esta a melhor forma de agradecer a visita do Papa e de corresponder às suas expectativas. Que o imaculado coração de Maria, Padroeira de Angola, nos assista a todos, nesta vivência histórica da nossa fé.
 Assim o esperamos. Assim seja.
 Luanda, 16 de Dezembro de 2008
 Os Bispos de Angola








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