2008-12-13 19:00:17

CONGRESSO EM ROMA: CULTURA CRISTÃ É NECESSÁRIA PARA REFORÇAR PRINCÍPIOS SUBJACENTES AOS DIREITOS HUMANOS


Roma, 13 dez (RV) - “A negação dos direitos humanos não é um fenômeno distante, mas um fato presente nas democracias ocidentais”, que “em nome de lógicas políticas sacrificaram alguns direitos invioláveis proclamados na Declaração universal de 1948.”

Foi o que disse ontem, em Roma, a professora de ciência políticas da Universidade de Oslo, ex-membro do governo norueguês e atualmente componente da Pontifícia Comissão Justiça e Paz, Janne Matlary, em sua conferência no Congresso “Mulheres e direitos humanos”, promovido pela Pontifícia Universidade Angelicum.

A relatora observou que o direito da mãe e do filho à proteção social não encontrou espaço adequado nem mesmo nos países mais evoluídos do Ocidente, vez que são justamente mães e filhos os que vivem comumente situações de abandono e marginalização.

Igualmente, o direito das crianças a conhecer os próprios pais e a crescer com eles _ assegurado em particular pela Carta dos direitos da criança _ é hoje negado por práticas de fecundação heteróloga, disse ainda Matlary, acrescentando que o mesmo acontece no que diz respeito ao “fundamental direito à vida”; que “é afirmado no papel, mas negado com a prática do aborto, legalizado em muitos países como fruto de pactos políticos” _ observa.

Por sua vez, a segunda relatora do dia, Cherie Blair _ esposa do ex-premier britânico Tony Blair, fundadora das Matrix Chambers de Londres (instituição especializada na defesa legal dos direitos humanos) _, disse que “a cultura cristã é necessária para reforçar os princípios subjacentes à declaração dos direitos humanos, porque não funda a dignidade do homem somente num pressuposto jurídico e filosófico, mas no conceito de sua criação à imagem e semelhança de Deus”.

“Esse conceito _ concluiu a relatora falando a uma platéia composta por religiosos, representantes do associacionismo social e expoentes do mundo diplomático e político _ torna mais sagrada a dignidade das pessoas, sobretudo dos sujeitos menos tutelados: os menores, os doentes, os anciãos, as mulheres.” (RL)







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