Cidade do Vaticano, 12 dez (RV) - Foi apresentada, nesta manhã, na Sala de
Imprensa da Santa Sé, a nova Instrução da Congregação para a Doutrina da Fé intitulada:
"Dignidade da pessoa: algumas questões de bioética".
A coletiva de imprensa
foi presidida pelo Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Luis Francisco
Ladaria Ferrer, pelo Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Rino Fisichella,
e pelo Presidente emérito da mesma Academia, Dom Elio Sgreccia.
O documento
aprovado pelo Santo Padre expressa um grande sim à vida. É contrário a toda forma
de violação dos direitos humanos, como o racismo, a escravidão, a discriminação de
mulheres, de crianças e dos doentes.
Além disso, o documento defende o direito
à vida desde a concepção até a morte natural. A Igreja olha com confiança as pesquisas
científicas e reconhece a sua autonomia, mas convida todos os interessados no assunto
a uma responsabilidade ética e social.
Em relação ao tratamento da fertilidade,
o documento ressalta que estão excluídas todas as técnicas de fecundação artificiais
heterólogas e homólogas que substituem o ato conjugal. São admissíveis as técnicas
que se apresentam como uma ajuda ao ato conjugal e à sua fecundidade.
O documento
lembra que na fecundação 'in vitro' o número de embriões humanos sacrificados é altíssimo.
A nova instrução é contrária ao congelamento de embriões, reiterando ser inaceitável
o uso dos mesmos para pesquisas, ou para o uso terapêutico ou que sejam colocados
à disposição de casais estéreis.
A Igreja reconhece que é legítimo o desejo
de ter um filho, mas tal desejo não pode justificar a produção. "O ensinamento moral
da Igreja foi muitas vezes acusado de conter várias proibições, mas atrás de cada
'não' resplandece um grande 'sim' ao reconhecimento da dignidade e do valor inalienável
de todo ser humano chamado à vida", finaliza o documento.
Sobre o documento
da Congregação para a Doutrina da Fé, ouça o comentário do Diretor da Sala de Imprensa
da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi. (MJ)