Roma, 12 dez (RV) - No campo dos meios de comunicação, os aspectos éticos deveriam
ser parte integrante dos processos de decisão seja no que se refere à responsabilidade
profissional, seja pelo modo como uma notícia é escrita e apresentada ao público.
Essa é uma das convicções expressas pelo presidente emérito do Pontifício Conselho
das Comunicações Sociais, cardeal John Patrick Foley aos participantes do Seminário
Internacional da UCIP, União Católica Internacional da Imprensa, que se realizou ontem,
quinta-feira, em Roma.
“Existe – reconheceu o cardeal – um sincero interesse
em promover os princípios éticos” no setor midiático “também entre os membros de outras
religiões” e entre “as pessoas de boa vontade em todo o mundo”. “Quando o papel da
religião é negado, a vida é comprometida”, afirmou o purpurado com firmeza, convidando
os jornalistas católicos a aprofundarem os ensinamentos produzidos pelo magistério
eclesial a partir do Concílio Vaticano II, sobre vários microcosmos comunicativos,
da publicidade a Internet.
A ética no jornalismo, observou ainda o cardeal
Foley, “não é uma ingerência da religião no trabalho profissional, mas uma demonstração
de elevando standard profissional”, que “atrai o respeito dos colegas e do público”.
Portanto, prosseguiu nesta mesma linha Dom Claudio Maria Celli, atual presidente
do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, é necessário “ajudar todos aqueles
que trabalham na imprensa a aspirar os máximos níveis profissionais e éticos”.
Dirigindo
palavras de apreço pelo trabalho realizado pela UCIP no campo dos meios de comunicação,
Dom Celli recordou a mensagem de Bento XVI para o último Dia Mundial das Comunicações
Sociais, em particular a chamada de atenção à “infoética”, evidenciando como as palavras
do Papa encorajem “todos aqueles que trabalham nos meios de comunicação a assumirem
a grande responsabilidade que lhes é confiada”. (SP)