2008-12-11 18:46:05

Papa convida os universitários de Roma a alimentarem-se do "alimento substancioso" da Carta aos Romanos


(11/12/2008) Nesta quinta-feira á tarde na Basílica de São Pedro, o Papa encontrou uma ampla representação dos estudantes universitários de Roma.
Com inicio ás 17h00 o vigário para a diocese de Roma, cardeal Agostinho Vallini presidiu uma celebração eucarística. Após a Santa Missa, Bento XVI deixou os seus aposentos no Palácio Apostólico descendo á Basílica onde pronunciou um discurso e em seguida entregou a 12 universitários, representantes dos 12 ateneus da capital italiana, a Carta de São Paulo aos Romanos, para celebrar com eles o Ano Paulino.
Para esta ocasião, foi trazido da Roménia o Ícone Maria Sedes Sapientiae, que foi entregue por uma delegação universitária, acompanhada pelo bispo de Bucareste, D. Ioan Robu, à delegação da Austrália, acompanhada pelo cardeal George Pell. O ícone peregrinará pela Austrália até Dezembro de 2009.
Nas palavras que dirigiu aos jovens universitários presentes, Bento XVI, evocando o Ano Paulino em curso, convidou-os a “redescobrirem a sua vocação missionária”, tirando amplamente partido do “inexaurível tesouro teológico e espiritual” das Cartas do Apóstolo.
Referindo de modo particular a Epístola aos Romanos, que estava para entregar simbolicamente a doze estudantes, em representação dos doze ateneus da Urbe, o Papa observou que ali se encontra “a expressão máxima do pensamento paulino”, assim como o “sinal da sua especial consideração pela Igreja de Roma” e – como ele próprio escreve na saudação inicial – por “todos os que se encontram em Roma, amados por Deus e santos por chamada”. Trata-se, sem dúvida, assegurou Bento XVI, de “um dos textos mais importantes da cultura de todos os tempos”, que permanece, sobretudo, como “uma mensagem viva para a Igreja viva”.

“Possa este escrito, que brotou do coração do Apóstolo, tornar-se alimento substancioso para a vossa fé, levando-vos a crer mais e melhor, para viver esta fé, pondo-a em prática segundo a verdade do mandamento de Cristo”.

“Só assim a fé que se professa se torna credível também para os outros, que ficam conquistados pelo testemunho eloquente dos factos” – observou o Papa, que chamou a atenção para o facto de o anúncio cristão, (que foi “revolucionário no contexto histórico e cultural de Paulo”, capaz de abater “o muro de separação” existente entre judeus e pagãos), conservar ainda hoje “uma força de novidade sempre actual, capaz de abater outros muros que se voltam a erguer em cada contexto e época.

Qual era o núcleo do anúncio cristão? – interrogou-se Bento XVI, que logo respondeu:

“Era a novidade da salvação trazida a Cristo pela humanidade: na sua morte e ressurreição, a salvação é oferecida a todos os homens sem distinção.
Oferecida, não imposta. A salvação é um dom que precisa sempre de ser acolhido pessoalmente. É este, caros jovens, o conteúdo essencial do Baptismo, que este ano vos é proposto como Sacramento a redescobrir”.

“Ser baptizados em Cristo – observou ainda o Papa, a concluir – significa sermos espiritualmente imersos naquela morte que é o acto de amor infinito e universal de Deus, capaz de resgatar da escravidão do pecado e da morte, cada pessoa, cada criatura”. Uma vida nova no amor de Deus que há em Cristo Jesus e nos une a Deus e uns aos outros.
É esta a mensagem que hoje aqui vos confiou – concluiu Bento XVI: “é uma mensagem de fé, mas é ao mesmo tempo uma verdade que ilumina a mente, dilatando-a segundo os horizontes de Deus”.








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