Activistas de direitos humanos em Angola acusam o Governo angolano de escamotear a
“verdade” quando se fala de direitos humanos no país.
(11/12/2008) No dia em que se celebraram os 60 anos da declaração dos direitos do
homem apontam como prova a falta de abertura e a tentativa de silenciar a actividade
de organizações da sociedade civil dedicadas à causa. O activista Tunga Alberto,
do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos defende um debate nacional, para se
encontrarem soluções tão rápido quanto possível.Lúcia Silveira, da Associação Justiça,
Paz e Democracia converge na ideia, sublinhando que Angola deveria dar o primeiro
exemplo, na protecção dos direitos humanos a nível da região africana, pelo facto
de fazer parte do conselho das Nações Unidas. O 60º aniversário da proclamação
da declaração universal dos direitos humanos foi assinalado em todo mundo. Em Angola,
a cerimónia oficial aconteceu na Assembleia Nacional, assistida por deputados, membros
do Governo, entidades eclesiásticas e representantes do corpo diplomático e da sociedade
civil. A sessão, presidida pelo líder parlamentar angolano, Fernando da Piedade
Dias dos Santos, marcou o encerramento do ciclo de actividades programadas em torno
da celebração da efeméride, iniciado segunda-feira, sob a égide da comissão de direitos
humanos. As “Políticas públicas para uma cultura dos direitos humanos”, “Educação
e cidadania: bases para uma cultura de defesa dos direitos humanos e o acesso dos
cidadãos à justiça foram os temas debatidos durante o ciclo de palestras.