2008-12-10 12:15:43

Só em comunhão e solidariedade se pode ser cristão: advertiu o Papa na audiência geral, a propósito da doutrina sacramental de São Paulo


(10/12/2008) Ninguém se torna cristão sozinho. “Eucaristia sem solidariedade com os outros é um abuso da Eucaristia”: afirmações de Bento XVI, na audiência geral desta quarta-feira, renovando o apelo à solidariedade que lançou na tarde do dia 8, aos pés da imagem da Imaculada Conceição, na Praça de Espanha.
Prosseguindo o ciclo de catequeses sobre São Paulo, o Papa falou desta vez da “vida nova” – a “nova criatura”, “o homem novo” – “dom de Cristo através da Palavra e dos Sacramentos, sempre e em todo o caso numa experiência de escuta e de comunhão com o outro”.
“Ninguém se pode tornar cristão sozinho – sublinhou. Ninguém se pode baptizar a si mesmo”. É portanto “o outro” que nos faz cristãos: em primeira instância, “a comunidade dos crentes”, a Igreja, da qual recebemos a fé e o baptismo. Comunidade que é também ela, por sua vez, “passiva”, enquanto destinatária dos dons de Cristo. Isto acontece ainda mais explicitamente – explicou o Papa – na Eucaristia, sacramento “pessoal e social” por excelência, que une Cristo a cada crente, e a estes entre si. É isto “a comunhão”. “Eucaristia sem solidariedade com os outros é um abuso da Eucaristia”.

Para além dos sacramentos do Baptismo, da Confirmação e da Eucaristia, em que é evidente o elo de comunhão dos crentes com Cristo e entre si, Bento XVI fez notar que é “a partir desta mesma perspectiva da comunhão que o Apóstolo (Paulo) explica também o sacramento do Matrimónio, que não se deve entender apenas como um remédio para a concupiscência mas sim como a expressão da pertença recíproca dos esposos, iluminada pelo mistério do grande amor entre Cristo e a Igreja”.

Entre os fiéis presentes nesta quarta-feira na Aula Paulo VI, para a audiência geral, contavam-se também peregrinos de língua portuguesa, aos quais o Papa dirigiu uma saudação especial: RealAudioMP3

Amados peregrinos de língua portuguesa, as minhas boas-vindas a todos, com uma saudação deferente e amiga aos Presidentes das Câmaras e respectivos munícipes do Alto Tâmega. Imploro as bênçãos de Deus sobre os respectivos compromissos institucionais para que, inspirados pela solidariedade cristã, possam servir e promover o bem comum da sociedade. Com estes votos e a certeza da minha oração pelas intenções que vos trouxeram a Roma, vos abençoo a vós, aos vossos familiares e comunidades cristãs.
 







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