2008-12-10 19:25:05

Na celebração no Vaticano dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Bento XVI recordou que centenas de milhões de pessoas vêem ameaçados os seus direitos á vida, á liberdade, á segurança, e novas barreiras são erguidas por motivos ligados á raça, á religião, ás opiniões politicas ou a outras convicções.


(10/12/2008) Na tarde desta quarta feira na Aula Paulo VI a Santa Sé celebrou solenemente os 60 anos da Declaração da ONU sobre os direitos humanos.
A celebração i decorreu em dois tempos. O primeiro foi um acto comemorativo de reflexão e de estudo, presidido pelos cardeais Tarcisio Bertone e Renato Martino,e o director geral da organização internacional do trabalho Juan Somavia.
Seguiu-se depois um concerto celebrativo ao qual assistiu também o Papa; concerto que foi dirigido pela espanhola Imma Shara, compositora e directora de orquestra.
Antes do concerto foram entregues os prémios atribuídos neste 2008 pela fundação São Mateus, em memoria do cardeal vietnamita Francois Xavier Van Thuan.
No seu discurso Bento XVI salientou que a Declaração Universal dos Direitos do homem, constitui ainda hoje um altíssimo ponto de referencia do diálogo intercultural sobre a liberdade e sobre os direitos do homem. “A dignidade de cada homem – disse – é garantida verdadeiramente somente quando todos os seus direitos fundamentais são reconhecidos, tutelados e promovidos. O Papa recordou que desde sempre a Igreja reafirma que os direitos fundamentais, para além da diferente formulação e do peso diferente que podem revestir no âmbito das varias culturas são um dado universal, porque está ínsito na própria natureza do homem. A lei natural, escrita por Deus na consciência humana - salientou Bento XVI – é um denominador comum a todos os homens e a todos os povos; é um guia universal que todos podem conhecer e na base da qual todos podem entender-se.
O Santo Padre acrescentou que a celebração dos 60 anos da Declaração constitui uma ocasião para verificar em que medida os ideais que foram aceites pela maior parte da comunidade das nações em 1948, são hoje respeitados nas varias legislações nacionais e mais ainda, na consciência dos indivíduos e das colectividades. O Papa recordou que um longo caminho já foi percorrido, mas é ainda longo o troço que se deve percorrer:
“centenas de milhões de nossos irmãos e irmãs vêem ainda ameaçados os seus direitos á vida, á liberdade, á segurança; nem sempre é respeitada a igualdade entre todos, nem a dignidade de cada um, enquanto que novas barreiras são erguidas por motivos ligados á raça, á religião, ás opiniões politicas ou a outras convicções.
Não cesse portanto o empenho comum a promover a definir melhor os direitos do homem e se intensifique o esforço para garantir o seu respeito. Acompanho estes votos com a oração para que Deus, Pai de todos os homens, no conceda o dom de construir um mundo onde cada ser humano se sinta acolhido com plena dignidade, e onde as relações entre os indivíduos e entre os povos sejam reguladas pelo respeito, pelo diálogo e pela solidariedade.








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