2008-12-06 16:01:53

Religiosa portuguesa a caminho da beatificação: reconhecidas as virtudes heróicas da Irmã Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899), fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição


(6/12/2008) Bento XVI autorizou este Sábado a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heróicas” da Irmã Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899), natural de Lisboa, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. A religiosa é assim proclamada “venerável”, ficando mais perto da beatificação.
Neste sábado o Papa recebeu em audiência o Arcebispo Angelo Amato, sucessor do Cardeal Saraiva Martins à frente da Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, e durante a mesma autorizou esta Congregação a promulgar os decretos que dizem respeito a milagres atribuídos á intercessão de 4 Beatos e três que dizem respeito ás virtudes heróicas de três Servos de Deus
Madre Maria Clara do Menino Jesus nasceu na Amadora, a 15 de Junho de 1843. Foi baptizada na Igreja de Nª Srª do Amparo - Benfica, a 2 de Setembro de 1843.
Perde os Pais, vítimas da cólera e da febre-amarela, nos anos de 1856 e 1857, ano em que ingressa no internato da Ajuda, destinado às órfãs de famílias nobres.
Em consequência da expulsão das Filhas de Caridade francesas, em Maio de 1862 deixa o Internato e é recebida em casa dos Marqueses de Valada, onde vive cinco anos. Recolhe-se, depois, no Pensionato de S. Patrício, junto das Irmãs Capuchinhas Concepcionistas, orientado pelo Pe. Raimundo dos Anjos Beirão.
Recebe o hábito de Capuchinha, em 1869, tomando o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus. É enviada a Calais - França, a 10 de Fevereiro de 1870, para fazer o Noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação.
Funda a primeira Comunidade, em S. Patrício - Lisboa, no dia 3 de Maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.
Ao longo da sua vida abre grande número de casas para recolher pobres e necessitados, em Portugal, e envia Irmãs para as Missões: Angola, Goa e Guiné-Bissau.
Morreu em Lisboa, no dia 1 de Dezembro de 1899.
O reconhecimento da heroicidade das virtudes cristãs surge após o exame detalhado dos relatos das testemunhas no processo de beatificação e canonização, cuja fase diocesana se iniciou 18 de Dezembro de 1995, em Linda-a-Pastora, na Sede Geral da Congregação. A Santa Sé dá assim um parecer positivo ao trabalho desenvolvido sobre a vida, virtudes e fama de santidade da Madre Clara, como é conhecida, que é assim proclamada “venerável”.
A segunda etapa do processo consiste no exame de eventuais milagres atribuídos à intercessão do “venerável”. Se um destes milagres for considerado autêntico, o “venerável” é considerado “beato”. Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.








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