OS PÊSAMES DAS AUTORIDADES RUSSAS PELA MORTE DE ALEKSEJ II
Moscou, 06 dez (RV) - Trágica e triste, para o primeiro-ministro Vladimir Putin,
a morte do Patriarca ortodoxo de Moscou e de todas as Rússias Aleksej II: homem “importante
não somente para a história da igreja ortodoxa russa, mas porque era um estadista”.
Como sempre, Putim acolheu os humores do seu povo, presente em massa na catedral de
Cristo Salvador para uma Santa Missa de sufrágio, uma das tantas que nas últimas horas
são celebradas em todo o país e em muitas repúblicas ex-soviéticas.
O presidente
russo Dmitri Medvedev, em visita oficial à Índia, anulou a prevista viagem a Bari,
no sul da Itália, para um encontro com o presidente italiano Giorgio Napolitano e
retornou imediatamente a Moscou. Na sua mensagem de pêsames o presidente russo afirmou
que Aleksej “viveu todas as duríssimas experiências de um século crucial para o país.
Durante toda a sua vida deu exemplo de estoicismo e alta moral humana, dividindo com
os fiéis as perseguições e a alegria do renascimento religioso”.
O ex-presidente
soviético Mikhail Gorbaciov, expressou comoção pela morte do patriarca, por quem “teve
uma enorme estima”. Até mesmo o irredutível comunista Ghennadi Ziuganov pronunicou
palavras de afeto a Aleksej II: “uma pessoa equânime, independente das posições políticas”.
Entre
a população, a tristeza é mais evidente. Em tantos já consideram Aleksej II um santo,
uma réplica daquilo que ocorreu em Roma no adeus a Papa João Paulo II.
Enquanto
os sinos de toda a Rússia tocam em sinal de luto, à emoção e à tristeza se acompanha
a expectativa pelo sucessor de Aleksej II. (SP)