Eliminar a chaga do trafico de pessoas, em particular de mulheres e crianças, a prostituição,
e o trabalho forçado.
(6/12/2008) Em Helsinquia na Finlândia , no Conselho ministerial da organização para
a segurança e a cooperação na Europa interveio nesta quinta feira o arcebispo Dominique
Mamberti secretario para as relações com os estados, como chefe da delegação da Santa
Sé.
Na sua intervenção deu amplo espaço á chaga do trafico de seres humanos,
fenómeno social pluridimensional de miséria, pobreza, avidez, corrupção, injustiça
e opressão, que se manifesta com a exploração sexual, o trabalho forçado, a escravidão
e o recrutamento de menores para conflitos armados. Sabemos bem – disse o arcebispo
Mamberti – que as causas deste fenómeno incluem factores económicos como o desequilíbrio
entre os níveis de bem-estar rural e urbano e o desejo desesperado de fugir á pobreza.
Para o problema contribuem também factores jurídicos e políticos, como a falta de
legislação e a ignorância dos pais e das vitimas acerca dos próprios direitos perante
a lei. A desconfiança na lei e as fronteiras abertas desempenham também um papel,
assim como factores sócio - culturais tais como a aceitação social de mandar os filhos
a trabalhar fora da família, o analfabetismo, os níveis baixos de instrução, a aceitação
da escravidão da divida e a descriminação contra as mulheres. A globalização e
o maior movimento de pessoas podem também tornar grupos vulneráveis, como as mulheres
e as jovens presa mais fácil dos traficantes, que, claramente não têm nenhum respeito
pela dignidade da pessoa humana e consideram as pessoas como simples produtos para
comprar, vender, usar e abusar á vontade. A minha delegação – concluiu o arcebispo
Dominique Mamberti - deseja sublinhar o empenho da Igreja católica em defesa da dignidade
de cada vida humana, em particular dos mais vulneráveis, e garantir o seu apoio pleno
aos esforços da organização para a segurança e a cooperação na Europa para eliminar
a chaga do trafico de pessoas, em particular de mulheres e crianças, da prostituição,
e do trabalho forçado.