BARTOLOMEU I: 'ALEKSEJ II TRABALHOU PELA PAZ NA IGREJA ORTODOXA'
Moscou, 06 dez (RV) - "O patriarca ortodoxo de Moscou e de Todas as Rússias,
Aleksej II, será sepultado na próxima terça-feira na catedral da Epifania, em Moscou".
Foi o que disse o metropolita Kirill, responsável pelas Relações Exteriores do patriarcado.
Na
tarde de hoje será celebrada a Santa Missa de sufrágio na catedral 'Cristo Salvador',
em Moscou, onde o corpo de Aleksej II será velado. O patriarca ortodoxo faleceu ontem,
aos 79 anos de idade.
Ainda hoje em Moscou se reuniu o Sagrado Sínodo a fim
de decidir o horário do funeral e eleger um líder que cuide da Igreja Ortodoxa até
a eleição do novo patriarca.
No entanto continuam chegando a Moscou mensagens
de condolências do mundo inteiro. O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu
I, disse hoje que Aleksej II, "sentia que sua morte era iminente e decidiu trabalhar
a fim de restabelecer a paz dentro da Igreja".
Mas ouçamos o testemunho do
bispo de Terni-Narni-Amelia, na Itália, dom Vincenzo Paglia, presidente da Comissão
Episcopal para o diálogo e o ecumenismo, da Conferência Episcopal Italiana (CEI),
muito amigo de Aleksej II.
Dom Paglia: "Fiquei emocionado com a última visita
que fiz a Aleksej II, em Moscou, um mês atrás, junto com o cardeal Crescenzio Sepe.
As palavras que ele nos proferiu foram extraordinárias: falava de seu afeto e de sua
estima pelo Papa Bento XVI e da batalha comum em prol dos valores cristãos na Europa,
sublinhando o novo clima que se instaurou entre as duas Igrejas. O patriarca apertou
a minha mão com força. Hoje sinto este gesto cheio de amizade fraterna. Não devemos
esquecê-lo. Ele liderou a Igreja russa quando essa se encontrava sob a escravidão
do comunismo, impeliu a Igreja após a queda do comunismo, até a sua reorganização
nos últimos tempos. Além disso, ele sonhava uma aproximação com a Igreja católica,
sobretudo com Bento XVI". (MJ)