PAPA: "OS ARGENTINOS SABEM QUE OCUPAM UM LUGAR ESPECIAL NO MEU CORAÇÃO"

Cidade do Vaticano, 05 dez (RV) - O papa recebeu nesta sexta-feira o novo embaixador da Argentina junto à Santa Sé, Juan Pablo Cafiero, para a apresentação de suas credenciais.

A audiência foi uma ocasião para Bento XVI de avaliar a situação eclesial e social da Argentina, afirmando que acompanha com a oração toda iniciativa que alenta a concórdia, a justiça e o bem comum. "Os argentinos sabem bem que ocupam um lugar especial no coração do papa", disse.

Bento XVI recordou ainda a tradição cristã do país, especialmente os modelos de conduta que enriqueceram a população com o testemunho exemplar de suas virtudes humanas e cristãs. Entre eles, o papa citou o índio Zeferino Numuncurá, beatificado no final do ano passado.

Com suas obras, observou, a comunidade católica tem como único fim dar um testemunho de caridade e projetar sobre as consciências a luz do Evangelho, para que o homem encontre uma plenitude de vida que se traduza numa digna conduta individual e numa convivência responsável e harmoniosa, de recíproca compreensão e perdão.

O século XXI, prosseguiu o pontífice, está mostrando cada vez mais a necessidade de forjar a vida pessoal, familiar e social de acordo com os valores irrenunciáveis que enaltecem a pessoa e toda a comunidade. Entre esses valores, o papa citou o respaldo à família, a defesa da vida, a erradicação da pobreza, a luta contra a corrupção e a promoção dos jovens.

E concluiu: "Precisamente hoje, recordou, as presidentes de Argentina e Chile se encontrarão, na presença de uma delegação da Sé Apostólica, para comemorar os 30 anos da mediação realizada pelo Papa João Paulo II, para estabelecer seus limites na região austral do continente".

O monumento que se construirá em Monte Aymond, acrescentou, será um testemunho eloqüente, e "servirá para estreitar ainda mais os elos de fraternidade entre os dois países, que souberam abandonar as vias do confronto bélico para demonstrar que, com o diálogo e a grandeza de coração, se pode alcançar uma paz digna, estável e sólida, como é próprio dos povos civilizados e sábios". (BF)