(4/12/2008) Os EUA temem que Índia e Paquistão, duas potências nucleares, entrem
em colisão por causa dos atentados de Bombaim (190 mortos). Numa tentativa de manter
apagado o rastilho ligado ao barril de pólvora, Bush mandou a secretária de Estado,
Condoleezza Rice, a Nova Deli pedir calma e sensatez, fazendo o mesmo em relação a
Islamabade, pela voz do seu chefe do Estado-Maior. Convicto da implosão regional
que poderá acontecer se Índia e Paquistão se envolveram em mais uma guerra, os EUA
pediram aos dois países a mesma coisa: que investiguem os ataques em Mumbai com "urgência"
e "transparência". A Índia acusa o grupo Lashkar-e-Toiba (LeT), que luta pela anexação
de Caxemira ao Paquistão, onde tem a sua base, de ser responsável pelos ataques. Pouco
ou nada convencido da sustentabilidade das acusações indianas está o presidente do
Paquistão, que por isso afirma que não haverá extradições para a Índia. A Índia
reiterou a Rice que tudo fará "para proteger a sua integridade territorial e a segurança
dos seus cidadãos", afirmação que os conselheiros da Administração Bush, e certamente
também da equipa do presidente eleito, Barack Obama, entendem como uma pré-declaração
de guerra. Entretanto, também a NATO exigiu que Islamabade trave a escalada de
tensão com a Índia.