2008-12-03 15:59:14

SANTA SÉ ADERE À CONVENÇÃO PARA BANIR BOMBAS DE FRAGMENTAÇÃO. BRASIL SE RECUSA. OUÇA!


Cidade do Vaticano, 03 dez (RV) - Tem início nesta quarta-feira, em Oslo, na Noruega, a Conferência Internacional para banir as bombas de fragmentação.

Durante a Conferência, haverá a assinatura dos Estados que vão aderir à Convenção de Oslo. Esta Convenção proíbe a utilização, a produção, a exportação e o armazenamento das bombas de fragmentação.

O secretário das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, discursou hoje representando a Santa Sé, que aderiu à Convenção. Em seu pronunciamento, ele que recordou que, independentemente do modelo geopolítico que defendemos, todos devem estar de acordo sobre a centralidade da dignidade do homem e sobre o indispensável respeito pelos direitos e pelos deveres das pessoas.

"A paz e a segurança podem ser estáveis e duradouras somente se baseadas na justiça, na solidariedade e na fraternidade dentro dos Estados e entre os Estados", disse Dom Mamberti.

Neste âmbito, acrescentou o prelado, a Convenção sobre as bombas de fragmentação é mais uma prova da capacidade de elaborar e adotar instrumentos ambiciosos. Instrumento que conjuguem o desarmamento e o direito humanitário de maneira criativa e capaz de propor uma alternativa crível fundada sobre a centralidade da pessoa humana.

Dom Mamberti destacou ainda o objetivo principal desta Convenção: eliminar os riscos de novas vítimas das bombas de fragmentação e criar estruturas necessárias para a reabilitação social e econômica de todos aqueles que foram vítimas diretas ou indiretas dessas armas. "A assistência às vítimas é uma questão de dignidade, de direito, de justiça e de fraternidade. E gostaria de destacar a importância e a pertinência da definição de vítima, que inclui a família e a comunidade", acrescentou o prelado.

Dom Mamberti conclui lançando um apelo: "Peço a todos os países, em especial aos produtores, exportadores e usuários dessas bombas, que se unam aos signatários de hoje, para dizer a todas as vítimas e aos países atingidos por essas armas que sua mensagem é ouvida".

O governo brasileiro é um dos principais produtores e exportadores dessas bombas e, infelizmente, não vai assinar a Convenção.

Quem explica essa posição do governo brasileiro e os danos causados por essas bombas é o advogado Gustavo Oliveira Vieira, que é membro da Campanha brasileira para a erradicação das minas terrestres e das bombas de fragmentação: RealAudioMP3 (BF)







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