2008-12-02 17:25:35

IGREJA NA AMÉRICA LATINA REITERA COMPROMISSO COM OS "ÚLTIMOS" NA PASTORAL DE RUA


Cidade do Vaticano, 02 dez (RV) - O Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes divulgou ontem o documento final do primeiro Encontro continental latino-americano e do Caribe da Pastoral de Rua, realizado em Bogotá, na Colômbia, em outubro passado.

No texto, afirma-se que a pastoral com os sem-teto e com as pessoas exploradas representa um dos "sinais dos tempos atuais", aos quais a Igreja é "chamada a responder" se quiser que a evangelização seja fecunda. Em especial, o documento analisa a pastoral com as prostitutas e os meninos de rua e, em geral, com as pessoas que são vítimas de exploração.

"O comércio de seres humanos, em especial de mulheres e menores, se transformou em um potente meio de lucro, o terceiro crime mais rentável do mundo. Todavia, não se trata de um fenômeno novo, mas hoje se tornou um comércio complexo, que se aproveita da miséria e da vulnerabilidade de suas vítimas", lê-se.

Para a Igreja na América Latina, "essas pessoas se transformaram nos escravos do século XXI. Enganadas e colocadas na rua, são um exemplo vivo de uma injusta discriminação contra elas, imposta pela sociedade dos consumos".

Para resolver a questão, "è fundamental reconhecer que a exploração sexual e o tráfico de seres humanos são atos de violência". O documento reconhece o trabalho positivo de muitas organizações eclesiais, mas afirma que a intervenção da Igreja e das entidades governamentais não é suficientemente adequada para alcançar resultados melhores.

O texto destaca ainda a necessidade de uma presença mais visível da Igreja nos locais de deslocamento humano. Entre as iniciativas, propõem-se o acolhimento em estações ferroviárias e rodoviárias, campanhas de educação, capelas ambulantes e a celebração dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação nas rodovias, rodoviárias e aeroportos.

"A Igreja quer estar onde o homem se encontra e vive, na sua realidade, na sua dificuldade, com suas alegrias e seus sofrimentos", conclui. (BF)







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