2008-12-01 12:53:18

CUBA: BEATIFICADO FREI JOSÉ OLALLO VALDÉS


Camagüey, 01 nov (RV) - Cuba viveu no último sábado um momento histórico. Na cidade de Camagüey, o cardeal José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação das Causas dos Santos, presidu em nome do Papa a Missa de Beatificação do frei José Olallo Valdés, religioso da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, que viveu entre 1820 a 1889. Presente o presidente cubano Raul Castro.

Foi a primeira vez que na ilha caribenha se realizou um rito de Beatificação. O cardeal Saraiva Martins, que levou a saudação e a Benção do Papa, afirmou que a cerimônia de sábado foi uma “pedra angular” para a Igreja em Cuba e para todo o povo cubano, “uma etapa inesquecível” que ocorre dez anos depois de outro evento histórico, a visita de João Paulo II à ilha.

Frei Olallo – disse o purpurado – com a sua dedicação aos enfermos nos ensina, em um tempo atravessado por uma “cultura materialista que exclui os mais fracos e indefesos”, que “cada homem é desejado e amado por Deus e possui uma singularidade e uma beleza irrepetíveis”.

Frei Olallo, abandonado pelos pais quando nasceu, era o “pai dos pobres” como explicou aos microfones da Rádio Vaticano o cardeal Saraiva Martins:

R. Sim, era definido o “pai dos pobres” e também o “campeão da caridade”, que é a mesma coisa, porque ele viveu uma vida toda dedicada aos pobres, aos enfermos. Este era o seu ideal, estar a serviços dos pobres, dos doentes, sobretudo daqueles mais abandonados. Ele sempre acompanhava esses pobres e enfermos e dizia: “Esses são os meus irmãos, os meus filhos prediletos”. Portanto, é um exemplo vivo da caridade de Cristo. Frei Olallo teve sempre presente, como princípio de vida, as palavras de Jesus: “Tudo aquilo que fizerdes a um desses pequeninos a mim o fizestes”. Também me chamou a atenção, neste serviço de caridade, o fato que frei Olallo exercitava este seu ministério com um entusiasmo incrível: estava sempre próximo aos doentes, mas como um irmão, como um pai, um pai alegre porque via naquele serviço sua vocação plenamente realizada. Eis porque, certamente, é o “campeão dos pobres”, é o pai dos pobres”, é um modelo também para aqueles que hoje, seguindo as palavras de Jesus, dedicam a sua vida a este ministério dos enfermos. (SP)







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